“O movimento associativo na diáspora é a nossa verdadeira bandeira”

Manuel Beninger, candidato do CHEGA pelo círculo de Fora da Europa

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Manuel Maria Beninger Simões Correia
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Manuel Maria Beninger Simões Correia tem 56 anos de idade, é português, tendo nascido em Lourenço Marques, na Província Ultramarina de Moçambique. É candidato do CHEGA a deputado à Assembleia da República pelo círculo de Fora da Europa. Afirma que o seu partido é o único a atuar em formato “antissistema” em Portugal. Foi já várias vezes candidato em Eleições Legislativas, Autárquicas. Foi deputado municipal por 12 anos em Braga e deputado por quatro anos na Assembleia Intermunicipal do Cávado pelo PPM – Partido Popular Monárquico, atuou ainda nas Europeias pelo PPM, partido do qual foi vice-presidente.

Conversamos com este candidato sobre a sua visão em relação às comunidades portuguesas.

O que está a impulsionar a sua candidatura?

Move-me este grande desígnio Nacional, Salvar Portugal e os Portugueses da asfixia fiscal e do descalabro económico em que vivemos. Citando Jordán Bruno Genta, “Nem Deus, nem a Pátria, nem a família são bens que se escolhem. Pertencemos-lhes e devemos servi-los com fidelidade até à morte. Desertar, esquecê-los ou voltar-se contra eles é traição, o maior dos crimes”.

Como avalia o cenário político atual em Portugal?

Portugal vive atualmente num sistema de compadrio e corrupção. Em 2020, tivemos a maior carga fiscal da Europa, com a eletricidade mais cara, os combustíveis mais caros, tudo mais caro e os ordenados muito abaixo da média da Europa. Em 2021, 400 mil portugueses passaram da classe média para a classe da pobreza. O crescimento económico do país ficou muito atrás dos países da Europa do Leste. Portanto, temos que reverter este processo. Dizem que nasci no tempo da velha senhora, dizem que vivo numa democracia, mas não quero morrer num país de ladrões.

Que políticas pensa serem necessárias para a comunidade portuguesa que reside fora de Portugal?

Vivem hoje no Mundo mais de 2 milhões de emigrantes portugueses. Se acrescentarmos os lusodescendentes, a população de origem portuguesa nos países de emigração rondará os 5 milhões. A totalidade desses nossos compatriotas é de mais de 40% da população residente em território nacional. A nossa diáspora é um dos mais importantes ativos estratégicos da política externa do Estado português e como tal deverão ter políticas que respondam aos anseios dos cidadãos que vivem fora de Portugal.

Que dificuldades devem ser combatidas e que pontos merecem ser reforçados? 

Teremos que ter políticas de proximidade para perceber as dificuldades e realidades dos cidadãos da Diáspora.

Quais são os seus objetivos? 

Serei um incansável parceiro dos portugueses na defesa do bem comum de toda a comunidade na sua diáspora.

Que temas mais lhe chamam a atenção? 

A igualdade de direitos de toda a comunidade e o acesso à informação e à justiça.

O que pode ser feito no sentido de se valorizar o trabalho consular português no estrangeiro?

Deverá haver recenseamento automático dos portugueses no estrangeiro e um tratamento igualitário para todos os portugueses, apostando sobretudo no meio digital como forma de eliminar barreiras físicas e permitir aos cidadãos portugueses a residir no estrangeiro, acompanhar e participar ativamente na vida social e política de Portugal e dos respetivos países de acolhimento.

Qual a importância do movimento associativo português nos países de acolhimento?

O movimento associativo na diáspora é a nossa verdadeira bandeira, são as verdadeiras embaixadas e consulados de Portugal espalhados pelo Mundo. São verdadeiros heróis aqueles que se juntam, a milhares de quilómetros de casa, para cantar, dançar, chorar, sorrir, sofrer e transmitir a nossa tradição, o nosso legado cultural à geração vindoura.

O ensino da língua portuguesa deve sofrer alterações?

A Língua Portuguesa figura entre os idiomas mais falados no mundo, interligando-nos a vários povos e, simultaneamente, separando-nos conforme alguns aspetos históricos e culturais de cada povo. Nesse sentido, devemos estar preocupados a que o acesso à sua aprendizagem seja o mais amplo possível. Portugal deverá fazer um esforço suplementar para manter o ensino da língua portuguesa.

O que a comunidade portuguesa deve esperar das eleições de janeiro?

Que seja alterado o atual fado que os políticos costumeiros do regime nos querem voltar a impingir. Não podemos continuar com esta asfixia fiscal e com esta crise económica que destrói famílias e empresas. Temos que acabar com este sistema corrupto em que vivemos. O dinheiro dos contribuintes tem que ser gasto em proveito dos portugueses, na saúde, na educação, na justiça. Este sistema de amiguismo e compadrio tem que acabar. Já dizia Marco Túlio Cícero, em 55 a.C.: “O Orçamento Nacional deve ser equilibrado. As dívidas públicas devem ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública”.

Por fim, que mensagem deixa para os eleitores?

Deixo aqui uma mensagem de esperança de que iremos ter uma mudança deste paradigma de governação. Não desejo aos portugueses aquilo que os socialistas nos querem voltar a oferecer e que tende a ser a Abundância da Venezuela, o Salário de Cuba, a Justiça da China e a Liberdade da Coreia do Norte. Queremos um país melhor, onde os portugueses voltem a sonhar, a acreditar na sua Pátria, onde os seus filhos sintam orgulhosos e motivados em investir o esforço, o seu trabalho, as suas economias, num país livre e justo.  ∎

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1 COMENTÁRIO

  1. Concordo totalmente com as respostas mas acressento que se o voto fosse via electronico deviamos uma força muito melhor seria assim uma melhor oportinidade para o emigrante votar sou emigrante a 48anos e apoio o chega com todas as minhas forças vou as associations ca em França e muita malta me dis o mesmo um Abraço do CHEGA França

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