“Auxiliar os angolanos que residem na região Centro de Portugal” é o objetivo de uma nova Associação em Castelo Branco

Margarett Neves, presidente da Associação dos Angolanos de Castelo Branco, reconhece que “ainda não é possível traçar um perfil concreto dos angolanos que residem no município", mas sublinha que existem já esforços para integrá-los e apoiá-los

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Equipa da Associação dos Angolanos de Castelo Branco
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“Auxiliar os angolanos que residem na região Centro de Portugal em vários segmentos”. É este o objetivo da Associação dos Angolanos de Castelo Branco, uma entidade que foi apresentada ao público albicastrense em outubro do ano passado.

A associação reúne mais de uma centena de angolanos residentes no Interior de Portugal, sobretudo no município de Castelo Branco. A crescente comunidade angolana residente nessa zona geográfica de Portugal procura, através dessa estrutura associativa, manter contacto com as atividades e gastronomia típicas de Angola, bem como promover uma melhor integração desses imigrantes junto da comunidade local através de diversas ações que terão lugar ao longo de 2024.

Margarett Neves, presidente da Associação dos Angolanos de Castelo Branco, comenta que a Associação que está a liderar pretende “ajudar os mais necessitados, realizando encontros, ações, iniciativas e mostrando que os angolanos estão na região para integrarem o tecido social português, como forma, também, de valorização do país de acolhimento”.

Toda esta movimentação está a ser acompanhada de perto pela diplomacia de Angola em Portugal. Em outubro de 2023, além de participar na cerimónia de apresentação dos primeiros órgãos sociais dessa Associação, pela primeira vez, uma grande equipa do Consulado-Geral de Angola em Lisboa realizou cerca de 200 atendimentos a cidadãos nacionais angolanos em Castelo Branco. Nas instalações da Biblioteca Municipal de Castelo Branco, funcionários do consulado angolano resolveram situações documentais e realizaram atos consulares, como emissão de Bilhetes de Identidade, emissão de passaportes, inscrições consulares, procurações, registo criminal, transcrições de Assentos de Nascimento, assuntos sobre casamentos, além de esclarecimentos sobre outros temas.

Este atendimento consular, segundo asseguraram fontes, foi pensado dada a dimensão da comunidade angolana na região, um trabalho que contou com o apoio da Associação dos Angolanos de Castelo Branco e que possibilitou à população proveniente de Angola tratar de assuntos consulares sem a necessidade de deslocação à capital portuguesa, que fica a mais de 220 quilómetros da região.

Margarett Neves, presidente da Associação dos Angolanos de Castelo Branco; Vicência Ferreira Morais de Brito, cônsul-geral de Angola em Portugal; e Madalena Martinha, vice-presidente da Associação dos Angolanos de Castelo Branco

“Estamos a conhecer neste momento uma vaga muito grande de angolanos que estão a vir para Castelo Branco. Há uma nova vaga de pessoas já mais qualificadas que estão a se fixar nesta região”, referiu a cônsul-geral de Angola em Portugal, Vicência Ferreira Morais de Brito, que promoveu o atendimento em Castelo Branco juntamente com o vice-cônsul para as comunidades de Angola, Isidro Adriano, e uma equipa técnica especializada dessa unidade consular.

Na opinião da diplomata, o papel da Associação na região será fundamental para a integração da comunidade angolana.

“O nosso apoio à nova Associação é no sentido de que possa congregar os angolanos, de forma a que se ajude a nossa população imigrante em Castelo-Branco. Para que se possa ajudar na integração dos nossos imigrantes, ajudar nos problemas que possam ter a nível social e económico. Por outro lado, também serve para manter as pessoas unidas e para que haja solidariedade. Culturalmente, esperamos que possam desenvolver-se e sentirem-se não tão longe de casa ou como se estivessem sozinhos”, frisou esta responsável.

Por sua vez, Margarett Neves sublinhou que, neste momento, “ainda não é possível traçar um perfil concreto dos angolanos que residem em Castelo Branco, embora haja estudantes e pessoas que trabalham, há muito tempo, em vários ramos de atividade, sobretudo em fábricas, além de uma geração mais nova e mais qualificada”. ■

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