“Vinícola Revelação de Portugal” em 2024, “Domínio do Açor” une brasileiros e portugueses à paixão pelos vinhos da região do Dão

Vinícola com alma luso-brasileira tem conquistado diversos mercados internacionais

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Por ano, cerca de 60 mil garrafas de vinho são produzidas na vinícola
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“Elaborar grandes vinhos de elegância, frescor e mineralidade no Dão, valorizando a região e os seus produtores, e trabalhando em harmonia com a natureza e a comunidade local”. É este o objetivo da vinícola “Domínio do Açor”, detentora do prémio “Vinícola Revelação de Portugal” em 2024.

A vinícola possui um património composto por vinhas velhas de 60 anos de idade e 1,12 hectares plantados em “field blend”. Um trabalho acompanhado de perto por Manuel Domingos, considerado um dos últimos classificadores de castas de Portugal, além de técnicos da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, que percorrem a vinha e identificam as variedades existentes, o que possibilita ao grupo gestor da “Domínio do Açor” investir na replantação utilizando o mesmo material genético antigo e castas que fizeram “os grandes vinhos do Dão no passado”.

Entre as castas existentes no local, estão Água Santa e Campanário, Baga, Tourigo (antiga Touriga Nacional do Dão), Castelão Francês, Castelão Nacional, Jacn, Alfrocheiro, Bastardo, Tinta Pinheira, Tinta Carvalha, Trincadeira, Fernão Pires e Arinto Gordo.

A equipa principal da vinícola conta com o enólogo-consultor Luís Lopes, que já atuou em França, na região da Borgonha, além da Suíça e Austrália, tendo formação em Enologia pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real. Também conta com o enólogo-residente João Costa, natural da região do Dão, com experiência internacional. Outro nome de peso é Guilherme Corrêa, Régisseur, natural do Brasil, tendo se tornado, em 2000, o primeiro sommelier brasileiro a realizar a sua formação no estrangeiro, na Associazione Italiana Sommeliers, na Toscana.

“alguns dos melhores vinhos de Portugal e da Europa”

Os responsáveis pela vinícola celebram o facto de que a “Domínio do Açor”, cuja sede está localizada em Oliveira do Conde, na vila de Carregal do Sal, distrito de Viseu, nasceu da paixão de um grupo de amigos brasileiros apreciadores de bons vinhos, que decidiram transformar esse “entusiasmo” num projeto de excelência. Escolheram Portugal, na “promissora região do Dão”, para produzir vinhos de alto nível, com enólogos e colaboradores portugueses, já que o Dão, com a sua tradição vinícola e terroir, “tem o potencial de produzir alguns dos melhores vinhos de Portugal e da Europa”.

“Viemos contribuir com esse legado”, frisaram estes mesmos responsáveis, adicionando que, por ano, são produzidas cerca de 60 mil garrafas de vinho na vinícola.

Otacílio Soares, sócio-gerente da vinícola “Domínio do Açor”

Segundo Otacílio Soares, sócio-gerente da vinícola “Domínio do Açor”, a experiência tem sido enriquecedora, uma vez que “trabalhamos junto com os portugueses com o intuito de contribuir com o desenvolvimento da área dos vinhos em Portugal”.

“posicionar o nome do Dão e de Portugal”

“Desde o início, fomos muito bem acolhidos em Portugal. A nossa equipa é composta também por profissionais portugueses de grande competência e somos gratos pelo apoio que recebemos de consumidores, sommeliers, donos de restaurantes, garrafeiras e dos colegas produtores de vinho, com os quais trocamos experiências que nos ajudam a melhorar. Este incentivo motiva-nos a continuar a investir na qualidade e na autenticidade dos nossos vinhos, sempre com o objetivo de posicionar o nome do Dão e de Portugal nos melhores restaurantes e entre os mais exigentes apreciadores do mundo. Os prémios que temos recebido, dentre os quais o de Vinícola Revelação de Portugal em 2024, aumenta a nossa responsabilidade e o foco em excelência”, comentou Otacílio, que garante ainda que a “Domínio do Açor” tem como missão “unir tradição e inovação, respeitando o terroir e trazendo novas perspetivas para o setor”.

“Contamos com especialistas apaixonados pelo que fazem, razão pela qual queremos nos consolidar como uma referência em elegância, qualidade e expressão do Dão no cenário internacional”, informou.

Vinícola com alma luso-brasileira

A exportação da quinta é dirigida a países como Brasil, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Itália, Suíça, Holanda, Reino Unido, além, claro, do mercado interno português.
“A comercialização não é feita toda no mesmo ano, pois os nossos vinhos ficam, no mínimo, um ano entre cubas, barricas e garrafas. Apenas vão ao mercado quando a nossa equipa confirma que estão prontos para iniciar a comercialização”, finalizou Otacílio.

Atualmente, o comércio de vinhos entre Portugal e Brasil tem-se consolidado como um pilar estratégico para a economia portuguesa, impulsionando a internacionalização da enologia nacional. Com um mercado brasileiro cada vez mais apreciador de vinhos de qualidade, Portugal destaca-se pela diversidade das suas castas autóctones e pela tradição vinícola secular, que conquistam consumidores exigentes e fortalecem as exportações.

Um intercâmbio que não só contribui para o crescimento do setor vitivinícola, como também promove a identidade e o prestígio dos vinhos portugueses no cenário global, reforçando laços históricos e culturais entre os dois países, ação que recebe hoje a ajuda desta vinícola com alma luso-brasileira.

Empresário diversifica atuação

Otacílio Soares, de 59 anos de idade, além de sócio-gerente da vinícola “Domínio do Açor”, atua no mercado financeiro há cerca de 40 anos. Formado em Economia, tem conquistado experiência e reconhecimento como Chairman of the Advisory Board da Targa 5 Advisors, na Suíça, onde assessora a direção da empresa, “ajudando a definir estratégias que assegurem aos clientes a navegarem pelo complexo mundo financeiro com segurança”. Desta experiência financeira para o mundo dos vinhos foi um salto.

“Com alguns amigos que partilham do mesmo interesse por vinhos, investimos na produção de rótulos de alta qualidade”, finalizou Otacílio, que tem mãos também em outras áreas de negócios, como atuação no ramo do Real Estate, plantação de madeira de lei, storage, sistemas de TI, private equity e genética bovina.

É ainda presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira.

A produção da vinícola “Domínio do Açor” pode ser conhecida em: https://dominiodoacor.com/vinhos/#colecao

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