O Carnaval é um dos maiores ativos turísticos do Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, e neste ano o governo estadual comemorou o início da folia com os desfiles no Sambódromo da Marquês da Sapucaí, no centro da cidade, com capacidade para mais de 80 mil espetadores.
O prognóstico de retorno positivo para a economia fluminense levou o governo a investir R$90 milhões, cerca de 15 milhões de euros, em mais de 40 cidades para impulsionar os “diversos setores económicos, entre eles o turismo, o comércio e serviços”.
Na capital do estado, o governo afirmou que o fluxo de foliões ultrapassará a marca de “mais de cinco milhões de pessoas, o que deve injetar mais de R$5 mil milhões”, cerca de 833 milhões de euros. Há também a expetativa, com o “acréscimo de mais um dia de desfiles das escolas de samba, de um retorno financeiro de R$17,4 milhões na capital, cerca de três milhões de euros, e um total de R$22,4 milhões, cerca de 3,7 milhões de euros, em todo o Estado, gerando emprego e renda a 16 mil trabalhadores”.
O governador Cláudio Castro, ao declarar sobre os investimentos no Carnaval, observou tratar-se de um modo de sustentar “setores-chave da nossa economia, como o turismo, o comércio e a geração de empregos”, considerando que o Carnaval é “parte da nossa identidade cultural”, além de ser um atrativo turístico capaz de mover milhões de pessoas a impulsionar a economia local.
“Estamos investindo, também, na criação de milhares de empregos temporários, proporcionando uma fonte de renda essencial para muitas famílias fluminenses”, concluiu o governador.
Dados da Divisão de Economia e Inovação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostraram que as vagas temporárias para o Carnaval no estado apresentaram crescimento de 8,6%, passando de 3.215 em 2024 para 3.492 em 2025, o melhor resultado desde 2020 (2.985 vagas).
O Carnaval também estimulou o empreendedorismo fluminense. De janeiro até o início de fevereiro de 2025, foram criados mais de 2,1 mil novos empreendimentos ligados ao Carnaval no Rio de Janeiro.
De acordo com dados do Sebrae Rio, quatro municípios fluminenses somam 51% dos pequenos negócios do setor. A capital é responsável por 37% das empresas, com 82,3 mil estabelecimentos.
O segmento de moda e confeção domina o mercado carnavalesco fluminense, com 113,6 mil pequenos negócios, equivalente a 52% do total. Em seguida, aparecem os setores de casa e construção, com 21%, e metal mecânica, com 6%. ■