O governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, assinou uma parceria entre o seu Estado e a União Europeia (UE) para desenvolver projetos que “estimulem investimentos em infraestrutura para a transição ecológica do Rio de Janeiro”. O acordo resultou do encontro entre Castro e o comissário europeu para o Meio Ambiente, Oceanos e Pesca, Virginijus Sinkevicius, e o embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybañez, além dos secretários de Desenvolvimento Económico do Rio, Vinicius Farah, e Turismo fluminense, Gustavo Tutuca.
“Nos últimos anos, temos conseguido recuperar o protagonismo económico do Estado do Rio de Janeiro, principalmente na pauta da transição ecológica. A sustentabilidade está entre as prioridades do governo. O nosso objetivo é transformar o Rio na Capital Verde da América Latina”, declarou o governador Cláudio Castro.
Entre as iniciativas já adotadas pelo Estado, no início de fevereiro, foi assinado pelo governador Cláudio Castro o decreto que regulamenta a logística reversa, apresentando normas sobre o descarte adequado de resíduos sólidos, além de regras para os cuidados com agrotóxicos, pilhas, baterias, entre outros. A medida colabora com as questões ambientais, reduzindo custos, reutilizando materiais e garantindo a transição do estado do Rio para a economia circular. A transição ecológica tem sido vista como uma mudança de paradigma para as políticas ambientais do Brasil e da União Europeia.
“O objetivo da nossa visita é promover a integração multinível e multissetorial no avanço da política do meio ambiente do Estado do Rio de Janeiro. Estamos propondo uma cooperação em economia circular e proteção ambiental. A União Europeia quer fornecer respaldo à agenda verde do Brasil”, afirmou Virginijus Sinkevicius, comissário europeu para o Meio Ambiente, Oceanos e Pesca.
Durante a reunião, que aconteceu no dia 3 de maio, o governador Cláudio Castro ainda destacou que o Rio de Janeiro é o segundo maior produtor de biogás do Brasil e o primeiro em biometano, além de contar com o maior investimento privado da América Latina, o Porto do Açu, que já possui projetos em hidrogênio verde.
“O Governo do Rio tem buscado cada vez mais atrair empresas e investimentos preocupados com a melhoria de indicadores sociais, eficiência no uso de recursos naturais, consumo consciente e baixa emissão de carbono. O Estado tem um papel fundamental na implementação de políticas públicas que incentivem esses conceitos”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Económico, Indústria, Comércio e Serviços do Rio, Vinicius Farah.
A concessão do saneamento foi mais um destaque entre as medidas implementadas para a transição ecológica do Estado. Além da universalização da distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto para cerca de 13 milhões de pessoas, a concessão projeta recuperar a Baía de Guanabara até 2033, injetando R$ 10,6 mil milhões, cerca de 2 mil milhões de euros, na despoluição do ecossistema. ■