Portugal terá Luís Montenegro como Primeiro-Ministro

Composição do futuro Governo será apresentada no dia 28 de março. Posse está marcada para dia 2 de abril

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O presidente do Partido Social Democrata (PSD), e líoder da AD, Luís Montenegro, à entrada para ser indigitado para primeiro-ministro pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (ausente da foto), no Palácio de Belém, Lisboa, 20 de março de 2024. MIGUEL A. LOPES/LUSA
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O presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, indigitou hoje Luís Montenegro, vencedor das eleições legislativas portuguesas pela coligação Aliança Democrática (AD), como primeiro-ministro, durante uma audiência com o presidente do PSD, já depois da meia-noite.

“Tendo o presidente da República procedido à audição dos partidos e coligações de partidos que se apresentaram às eleições de 10 de março para a Assembleia da República e obtiveram mandatos de deputados, tendo a Aliança Democrática vencido as eleições em mandatos e em votos, e tendo o Secretário-Geral do Partido Socialista reconhecido e confirmado que seria líder da Oposição, o presidente da República decidiu indigitar o Dr. Luís Montenegro como primeiro-ministro”, justificou o chefe de Estado luso, numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República portuguesa na Internet, já depois da meio-dia.

A nota acrescenta que “oportunamente” Montenegro apresentará “ao presidente da República a orgânica e composição do XXIV Governo Constitucional”.

Luís Montenegro anunciou que apresentará ao presidente da República a composição do futuro Governo no dia 28 de março, tendo acertado a data da posse com o chefe de Estado para 02 de abril.

Este anúncio foi feito por Luís Montenegro no Palácio de Belém, após uma curta audiência de cerca de 20 minutos com Marcelo Rebelo de Sousa, a segunda em poucas horas, durante a qual foi indigitado como primeiro-ministro.

Chega e PS elegem um deputado cada pela Europa

Os partidos Chega e o PS elegeram um deputado cada pelo círculo da Europa nas eleições legislativas de 10 de março, segundo os resultados avançados hoje pela Administração Eleitoral de Portugal, que dá a contagem neste círculo como encerrada.

De acordo com estes resultados, foram eleitos por este círculo José Dias Fernandes (Chega) e Paulo Pisco (PS).

Estes dados indicam que o Chega obteve 18,31% dos votos (42.972), seguindo-se o PS, com 38.061 votos (16,22%). A AD conseguiu 33.350 votos, ou seja, 14,21%.

Foram apurados 16 consulados e registados 234.654 votantes, dos 937.311 inscritos. Neste círculo, 38,49% de votos foram considerados nulos.

O BE obteve 2,74% dos votos, a IL 2,44%, o PAN 2,20%, o Livre 1,74%, o PCP-PEV 1,01%, a ADN 0,41%, o Volt 0,32%, o PCTP/MRPP 0,32 %, o JPP 0,24 %, Nós Cidadãos 0,22%, Nova Direita 0,21 %, R.I.R. 0,19%, Ergue-te 0,08% e o MPT.A 0,05%.

Mais de 1,5 milhões de cartas com os boletins de voto foram enviadas para 189 destinos a partir de 04 de fevereiro e os votos começaram a chegar a Portugal em 20 de fevereiro. A opção pelo voto presencial foi exercida por 5.283 eleitores.

AD e Chega vencem fora da Europa

Pelo círculo de fora da Europa, a AD foi a força partidária mais votada, o que permite eleger o antigo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário. O Chega em segundo elegeu Manuel Alves, que foi militante do PSD e presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo.

Augusto Santos Silva, cabeça de lista pelo PS pelo círculo de fora da Europa e ainda presidente da Assembleia da República, não foi reeleito. ■

Agência Incomparáveis, com Lusa

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