O 1º. Flipetrópolis – Festival Literário Internacional de Petrópolis acontece de 1 a 5 de maio, de quarta a domingo, com atividades culturais acessíveis, inclusivas, antirracistas, éticas, educativas, artísticas, carregadas de conceito e de conteúdo. Todas as sessões são gratuitas e abertas ao público. A diversidade é a marca do Flipetrópolis que interage com a cidade na montagem da estrutura do evento, incluindo a livraria e a exposição “Portinari Para Crianças”, no Palácio de Cristal e o espaço gastronômico, movimentando a economia local e o turismo.
No centro de tudo, a literatura que reúne quase uma centena de escritores e escritoras na forma de encontros de duplas, em conversas sobre o tema “Arte, Literatura, Liberdade e Educação”. Essa primeira edição vai homenagear as autoras Ana Maria Machado e Conceição Evaristo e tem como patrono Juliano Moreira, psiquiatra negro que revolucionou o tratamento de pessoas com transtornos mentais no Brasil e lutou para combater o racismo científico. Ele faleceu em 1933, em Petrópolis. A escritora tutsi Scholastique Mukasonga, natural de Ruanda, hoje morando na França, será a atração internacional do festival e participará de conversas e lançamento de livros. Haverá autores autografando seus livros após cada mesa de conversa que participarão.
Estarão presentes, entre outros, Ana Maria Machado, André Trigueiro, Andréa Pachá, Antônio Torres, Bruna Lombardi, Carla Camurati, Carla Madeira, Cármen Lúcia, Chico Otavio, Conceição Evaristo, Cris Olivieri, Edney Silvestre, Eliana Alves Cruz, Estevão Ribeiro, Fernanda Takai, Gustavo Grandinetti, Itamar Vieira Junior, Jamil Chade, João Candido Portinari, Jeferson Tenório, Joana Silva, Leandro Garcia, Leonardo Boff, Lívia Sant’Anna Vaz, Lucia Riff, Luís Roberto Barroso, Maria Edina Portinari, Maria Ribeiro, Matheus Leitão, Miriam Leitão, Morgana Kretzmann, Paloma Jorge Amado, Paula Pimenta, Paulo Scott, Ricardo Prado, Ricardo Ramos Filho, Rodrigo Santos, Rosiska Darcy de Oliveira, Scholastique Mukasonga, Sérgio Abranches, Silvana Gontijo, Simone Paulino, Taiane Santi Martins, Thiago Lacerda, Tino Freitas, Tom Farias, Trudruá Dorrico e Ynaê Lopes dos Santos.
A programação conta, ainda, com prêmio de redação, exposição, lançamentos de livros, livraria, gastronomia e atividades musicais. “Preparamos uma programação plural, diversa, que alcança várias vertentes da arte e da literatura, para todos os públicos e idades. Todas as atrações são gratuitas e com acessibilidade para que todos possam aproveitar ao máximo as experiências proporcionadas pelo Festival”, destaca Afonso Borges, presidente do Flipetrópolis, e que também é responsável pelos já consolidados Festivais Literários Internacionais de Araxá (Fliaraxá), Paracatu (Fliparacatu) e Itabira (Flitabira). A curadoria é realizada em colaboração com os escritores Sérgio Abranches, Tom Farias, Leandro Garcia e Gustavo Grandinetti.
A primeira edição do Flipetrópolis é viabilizada pela parceria com a Prefeitura de Petrópolis, o patrocínio do Grupo Águas do Brasil e o apoio cultural do Itaú e da GE Aerospace, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura. “Estamos muito felizes com essa parceria e poder trazer para o nosso Palácio de Cristal esse evento, gratuito e que vai principalmente, falar com as nossas crianças e jovens”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.
O diretor da concessionária Águas do Imperador, que faz parte do Grupo Águas do Brasil, João Henrique Tebyriça de Sá, destaca: “Temos certeza que o Flipetrópolis será um sucesso. O Grupo Águas do Brasil se orgulha em participar deste momento e poder proporcionar o acesso à literatura, à arte e à cultura aos petropolitanos de forma 100% gratuita”.
Prêmio de Redação
Em meio a uma rica programação, haverá também um prêmio de redação que envolverá todo o sistema educacional da cidade e região, tendo como tema “Arte, Literatura e Liberdade”. Podem participar do concurso alunos de 4 a 18 anos, de escolas públicas e privadas de Petrópolis. Ao todo, são seis categorias (três para “desenho” e três para “redação”), sendo que cada uma conta com 1.º, 2.º e 3.º lugares. Tornando o Flipetrópolis mais inclusivo, uma das categorias de desenho é voltada para estudantes PCD com idade entre 8 e 18 anos. O objetivo do Prêmio é revelar novos talentos literários e incentivar os hábitos de leitura e escrita – e, para isso, não devem haver barreiras. Os vencedores serão premiados em dinheiro, e os professores dos alunos premiados receberão livros selecionados pela coordenação do Flipetrópolis. Mais informações, assim como o regulamento do prêmio, folha de redação e desenho e autorização de participação, podem ser encontradas clicando aqui.
Exposição Portinari para Crianças
Os festivais literários presididos por Afonso Borges contam com uma exposição que, associada à literatura, transcende o espaço e o tempo em que o festival é realizado. Com o Flipetrópolis não seria diferente: em sua primeira edição, o evento apresenta a exposição Portinari para Crianças, uma mostra que traz 42 obras do pintor Candido Portinari, um dos maiores nomes da arte brasileira. Totens com as representações dos trabalhos do artista serão dispostos no Palácio de Cristal, mesmo local onde o Flipetrópolis será realizado, e poderão ser conferidos entre os dias 15 de março e 5 de maio. Tornando o evento acessível, as obras contarão com QR Code para audiodescrição.
Festival Literário de Viola Caipira
O Flipetrópolis também anuncia, em paralelo, o 2.º Festival Literário de Viola Caipira. Realizado pela primeira vez na cidade mineira de Itabira, concomitantemente à realização do 3.º Festival Literário Internacional da cidade, o evento que mistura viola caipira e literatura chega pela primeira vez a Petrópolis. De 2 a 4 de maio, três músicos farão shows, seminários e noite de autógrafos de seus livros. São eles: Fabrício Conde, Marcos Assunção e Marco Lobo, o curador da programação musical. As performances dos músicos acontecem sempre às 22h. Assim como toda a programação do Flipetrópolis, o Festival Literário de Viola Caipira tem entrada gratuita.
Acessibilidade
Todos os públicos são bem-vindos ao Flipetrópolis e, por isso, há programações específicas para diferentes faixas etárias, passando por crianças, adolescentes e o público adulto. A fim de democratizar a participação da população, o evento, incluindo a exposição Portinari para Crianças e as redes sociais do Flipetrópolis, conta com diversas formas de acessibilidade, incluindo rampas de acesso, espaços reservados para pessoas com mobilidade reduzida, banheiros adaptados, intérprete de libras, descrição audiovisual de obras de arte e placas indicativas, beneficiando pessoas com deficiência, idosos e gestantes.
Livraria: o coração do Festival
A primeira edição do Flipetrópolis contará com uma grande livraria no espaço montado para o Festival. Por se tratar de um evento Literário, a livraria é um dos principais atrativos do Flipetrópolis. Marcando presença com sua chegada à cidade, o espaço de 280 metros quadrados contará com mais de 20 mil exemplares de mais de 6 mil títulos literários, que englobam os mais diversos gêneros – romance, aventura, poesia, terror, crônica, biografia, infantil e infantojuvenil. Também será montada uma livraria petropolitana, que ocupará 62 metros quadrados da estrutura planejada para a realização do Flipetrópolis. Bem como a venda de diversas obras, as livrarias colocarão em destaque os trabalhos dos autores presentes, que nesta edição conta com nomes de peso da cena literária nacional e internacional. Também serão disponibilizadas obras das autoras homenageadas da edição de estreia do Flipetrópolis, Ana Maria Machado e Conceição Evaristo.
Projeto Pão e Poesia
2Jeferson Tenório – autor convidado Flipetrópolis. _foto_Eugenio_SavioO Flipetrópolis se propõe a levar a literatura à cidade e ao coração dos petropolitanos – mas ainda vai além. Com o objetivo de levar a literatura também às casas dos moradores da cidade no período que antecede o evento, a partir de abril, algumas padarias do município vão embalar os pães em sacos de pão de um, três e cinco quilos, personalizados com poesias. Os poemas são de Ana Maria Machado e Conceição Evaristo, autoras homenageadas do Festival, e de Mario Quintana. Foram distribuídas, no total, cerca de 30 mil embalagens. Além de divulgar o Festival, que acontece entre os dias 1.º e 5 de maio de modo presencial e digital, a ação tem por objetivo levar a literatura ao cotidiano dos petropolitanos. As padarias e panificadoras aderentes ao projeto podem ser consultadas aqui.
Circuito Cultural de Gastronomia do Flipetrópolis
O Festival convida foodtrucks petropolitanos e da região para inscreverem seus estabelecimentos no Circuito Cultural de Gastronomia do Festival. A área destinada à gastronomia será alocada em frente ao Palácio de Cristal, na Rua Alfredo Pachá, s/n – Centro. As inscrições devem ser feitas até o dia 20 de abril por meio de um formulário: acesse-o clicando aqui.
Lançamento de obras
O Flipetrópolis oferece a oportunidade de autores independentes ou já publicados por editoras convencionais, lançarem seus livros gratuitamente no evento. Para lançar no Festival, o interessado deve preencher este formulário até as 23h59 do dia 16 de abril.
Convênio com o Instituto Terra
Um festival literário, como todo evento público, tem emissões de gases na atmosfera, em especial o dióxido de carbono, associadas com suas atividades. O aumento de carros e ônibus no entorno, o movimento de caminhões, a fabricação dos itens estruturais da montagem, o deslocamento dos convidados, vindos de outros estados e países, utilizando transporte terrestre ou aéreo, tudo isso contribui com as emissões atmosféricas. Dentre as iniciativas possíveis para reduzir esses impactos negativos, uma delas é o plantio de árvores, visando contribuir com a restauração florestal e o enriquecimento de solos e biodiversidades; e possibilitando o sequestro de carbono – ou, em outras palavras, o processo de retirada de CO2 da atmosfera. Essa é uma prática que os Festivais Literários de Araxá, Paracatu e Itabira, o Fliaraxá, o Fliparacatu e o Flitabira, fazem há anos. Mas agora a ideia é avançar no conceito e na ação no tocante à reparação dos danos ambientais e à captura de Gases de Efeito Estufa (GEE) – e o Flipetrópolis atuará seguindo esta linha.
Em convênio firmado com o Instituto Terra, além do plantio de árvores, o Flipetrópolis investirá no cultivo de plantas nativas, fundamentais para a regeneração do meio ambiente e a proteção da biodiversidade. O convênio com o Instituto Terra incrementa também um dos pontos fortes do Instituto: a educação ambiental, na formação de jovens profissionais especializados. E, no futuro, o mais importante: a recuperação de nascentes, atividade que o Instituto Terra tem excelência nestes 25 anos de existência. O Instituto Terra é uma organização brasileira sem fins lucrativos que se dedica à conservação e recuperação do meio ambiente. Foi fundado em 1998 pelo fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e sua esposa, Lélia Wanick Salgado. A principal iniciativa do Instituto Terra é o projeto de reflorestamento da Mata Atlântica na região do Vale do Rio Doce, localizada no estado de Minas Gerais, Brasil. O projeto busca recuperar áreas degradadas e transformá-las em florestas nativas saudáveis e ecologicamente equilibradas. ■