Opinião: “Vida”, por Célia Losa

A pessoa e sua epigenética social e comportamental

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Dra. Célia Losa, regulação psicossomática e desenvolvimento humano
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É vulgar associar o poder da vida ao ato de respirar, no entanto, dependemos tanto da alimentação que praticamos e das circunstâncias e condições em que nos desenvolvemos, quanto do oxigénio que nos mantém a respirar.

O corpo humano é uma estrutura com um conjunto de sistemas funcionais alinhados em perfeita sintonia. Cada órgão a sua função, no entanto, entre eles, um que participa em tantos processos que vimos chamando de “segundo cérebro” – este órgão é o intestino.
Além do processo da digestão, hidratação, absorção de nutrientes, eliminação de toxinas, o intestino produz hormonas que lhe permitem desenvolver a sua função em autonomia, independente das ordens do cérebro. O intestino liga-se ao sistema nervoso e tem neurónios e neurotransmissores que lhe permitem, além de intervir nos processos digestivos, regular o equilíbrio emocional:

• Intestino Funcional x Mente Otimista e Positiva
• Intestino Irregular x Mente Pessimista e Negativa.

Tal acontece porque entre os neurotransmissores produzidos no intestino está a serotonina, uma hormona relacionada com sensações tanto físicas, quanto emocionais. Considerada uma das hormonas da felicidade, 90% desta substância é produzida neste órgão inteligente.

O intestino também tem extrema importância para a imunidade do organismo. Cerca de 80% das células imunológicas do corpo humano encontram-se na parede intestinal, que limita o crescimento e a propagação de bactérias patogénicas causadoras de doenças.
A microbiota intestinal favorece ainda o organismo na produção de vitaminas K e outras do complexo B, cálcio, ferro magnésio, dentre muitas moléculas que complementam os nutrientes absorvidos dos alimentos.

Por todo o referido devemos compreender a necessidade de uma alimentação probiótica (que contenha bactérias vivas), prebiótica (que alimente essas bactérias) e simbiótica (que trabalhe em conjunto com as bactérias na construção da fisiologia e da saúde).
Se alguns micróbios geram infeções e doenças, muitas mais bactérias são benéficas e as devemos cuidar. Tais microrganismos vêm desenvolvendo uma forma de inteligência biológica que lhes permite fazer parte do nosso organismo, uma parceria que dá suporte ao sistema imunológico e até mesmo nos defende de outras bactérias prejudiciais.
A alimentação que ingerimos influência o nosso metabolismo funcional, assim deve ser considerada o melhor “medicamento”. Pode curar uma doença ou mitigá-la para que outros tratamentos sejam mínimos ou sequer necessários.

Profissionais da saúde complementar e integrativa são pilares fundamentais na prevenção ou cura de doenças de forma mais natural e eficaz, evitando reincidências. Um teste epigenético de ADN pode ser a base para se conhecer e proteger através da alimentação funcional e bons hábitos comportamentais, que interferem na expressão genética. Assim, com autoconhecimento, a saúde está mais ao alcance e é escolha de Vida!

Dra. Célia Losa

Regulação Psicossomática e Desenvolvimento Humano

EPIGENÉTICA SOCIAL E COMPORTAMENTAL

celia.losa.germinar@gmail.com ■

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