Guiné Equatorial: Missão empresarial da CE-CPLP iniciou projeto na Zona Industrial de Djibloho

Projeto visa fomentar a industrialização e diversificação económica do país, criando oportunidades de desenvolvimento em diversos setores

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Grupo liderado pela CE-CPLP na Guiné Equatorial. Foto: Divulgação
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A Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) liderou uma comitiva empresarial à Guiné Equatorial, no dia 30/07, para dar início ao ambicioso projeto de desenvolvimento da Zona Industrial de Djibloho, localizada na Cidade da Paz. 

Este projeto visa à criação de uma Zona Económica Especial (ZEE) destinada a fomentar a industrialização e transformação em uma área de mais de 100 hectares, com potencial de expansão para 300 hectares.

A Zona Industrial de Djibloho englobará diversos setores de atividade, desde a indústria agroalimentar até a indústria madeireira, incluindo também serviços de suporte essenciais para o funcionamento e crescimento destas indústrias. Entre os presentes na visita ao local estiveram os ministros de Indústria e Comércio, Obras Públicas, Meio Ambiente, além de autoridades locais como o presidente da Câmara de Djibloho e o Embaixador da Guiné Equatorial em Portugal. Também esteve presente Higor Ferro Esteves, diretor geral da Funcex Europa, entidade que é vice-presidente da CE-CPLP.

Nelma Fernandes, presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), destacou a importância estratégica deste projeto para a diversificação económica da Guiné Equatorial. 

“A Confederação Empresarial da CPLP trabalha de forma muito séria e empenhada para o desenvolvimento socioeconómico da nossa comunidade. A nossa relação nos nove países deve ir além da amizade e irmandade; ela deve basear-se numa relação de transparência, de suporte, de apoio coletivo, na criação de um bloco forte economicamente, onde todos os membros prestem o seu contributo”, disse.

A líder empresarial ressaltou também que este é um momento crucial para a África, especialmente em tempos de tensão global, onde o continente deve aproveitar as oportunidades emergentes. 

“Em África, já perdemos demasiado tempo. Tornamo-nos independentes há cerca de 50 anos e criamos uma dependência económica porque não houve tempo de criarmos quadros capacitados. No entanto, com a nossa riqueza, no que respeita aos recursos naturais e capital humano jovem, somos, sem qualquer sombra de dúvida, o continente do futuro”, afirmou.

O projeto da Zona Económica Especial é um exemplo concreto do compromisso da CE-CPLP com a diversificação da economia da Guiné Equatorial, atualmente dependente do setor de oil & gas. O governo equato-guineense espera lançar a primeira pedra da construção da ZEE ainda este ano, um passo significativo para a industrialização do país e para a criação de novos postos de trabalho.

“Chegou a hora e a oportunidade de sermos nós, os visionários. Temos de andar de cabeça erguida, assumir o comando do nosso posicionamento no mundo. Com a nossa riqueza natural e capital humano jovem, estamos prontos para criar um futuro próspero para as nossas nações”,assinalou Nelma Fernandes, reafirmando o compromisso da CE-CPLP em trabalhar de forma concertada com o governo da Guiné Equatorial para transformar estas visões em realidade. ■

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