A escolha do ex-primeiro-ministro de Portugal, entre os anos de 2015 e 2024, António Costa, para presidir o Conselho Europeu, anunciada nos últimos dias, mereceu o elogio do governo brasileiro.
Através de nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil disse ter tomado “conhecimento, com satisfação, da eleição de Costa, no último dia 27, pelos líderes dos países-membros da União Europeia”.
“Ao felicitar o ex-primeiro-ministro António Costa, notório amigo do Brasil, por sua indicação para o cargo, o governo brasileiro prontifica-se a cooperar estreitamente com o novo presidente do Conselho no fortalecimento dos vínculos com a União Europeia, bloco que constitui a principal origem de investimentos estrangeiros diretos no Brasil e o segundo maior parceiro comercial do país”, disseram os responsáveis pela pasta brasileira.
Costa, até então líder do Partido Socialista em Portugal, apresentou a demissão em 7 de novembro de 2023, na sequência de investigações da “Operação Influencer”, uma decisão aceita pelo atual presidente da República de Portugal, Marcelo Rebello de Sousa, que dissolveu o Parlamento e convocou eleições, que elegerem, este ano, o atual primeiro-ministro português de centro direita, Luís Montenegro.
Anteriormente, Costa foi secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares de 1995 a 1997, ministro dos Assuntos Parlamentares de 1997 a 1999, ministro da Justiça de 1999 a 2002, ministro da Administração Interna de 2005 a 2007 e presidente da Câmara Municipal de Lisboa de 2007 a 2015. Foi ainda Secretário-Geral do Partido Socialista entre 2014 e 2024.
Recorde-se que o Conselho Europeu é a instituição que define as diretrizes e as prioridades políticas da UE. É formado pelos 27 Chefes de Estado ou Governo dos países-membros, pelo Presidente do Conselho e pelo Presidente da Comissão Europeia. O presidente do Conselho é eleito para mandato de dois anos e meio, podendo ser reeleito uma única vez. ■