Exposição celebrou presença portuguesa na Alemanha

“Os portugueses que chegaram na década de 60 e 70 em muito contribuíram para o desenvolvimento e o progresso da Alemanha”, revela Alfredo Stoffel, presidente do Grupo de Reflexão e Intervenção da Diáspora Portuguesa da Alemanha (GRI-DPA)

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Alfredo Stoffel, presidente do Grupo de Reflexão e Intervenção da Diáspora Portuguesa da Alemanha (GRI-DPA)
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“A emigração foi uma oportunidade e a Alemanha tornou-se em poucos anos um país multicultural”. Foi o que defendeu Alfredo Stoffel, presidente do Grupo de Reflexão e Intervenção da Diáspora Portuguesa da Alemanha (GRI-DPA), durante discurso no âmbito de uma exposição que celebrou os 60 anos da permanência da comunidade portuguesa na Alemanha.

O evento, que decorreu dia 1 de setembro em Rheine, Alemanha, em parceria com a autarquia local e com o Grupo de Apoio às Geminações, tendo também a participação dos investigadores Anna Glettenberg e Nélson Pereira Pinto, recordou o protocolo bilateral assinado em 1964 que possibilitou a entrada dos trabalhadores portugueses na Alemanha.

“(…) no que tange à comunidade portuguesa, para além da sua reputação de gente trabalhadora, humilde, séria, soube, por outro lado, trazer a sua gastronomia, a sua vida cultural e associativa”, completou Stoffel, ao mencionar o papel dos trabalhadores portugueses em solo alemão.

“Os portugueses que chegaram na década de 60 e 70 em muito contribuíram para o desenvolvimento e o progresso da Alemanha; os seus descendentes aprenderam a língua e os costumes; adaptaram-se, integraram-se e são hoje um marco incontornável do multiculturalismo, do aproveitamento de oportunidades e de tudo o que nos faz sentir bem em terras teutónicas e este facto está representado nestes painéis”, explicou o presidente do GRI-DPA, que sublinhou que, “durante muito tempo, se recusou a ideia de que a Alemanha é um país de imigração, “ein Einwanderungsland””.

“Chamavam-nos “Gastarbeiter”, pois pensavam que os trabalhadores portugueses chegavam à Alemanha, trabalhavam, contribuíam para o desenvolvimento e depois regressavam ao seu país”, disse.

Este responsável atestou que, “depois de 1983/1984, a sociedade de acolhimento reconheceu a vantagem de manter bons trabalhadores e o direito de estes aqui viverem com as suas famílias.

“O “Gastarbeiter” passou a ser um trabalhador permanente que quis ficar!”, finalizou Alfredo Stoffel.

Nesta oportunidade, estiveram presentes nomes como Augusto Coelho, presidente da Associação; Reiner Wellmann, da Associação para a Promoção das Geminações da Cidade de Rheine; Lenz, vice-presidente da Câmara de Rheine; Marisa Cloppenburg, representante do Consulado Geral de Portugal em Düsseldorf; bem como representantes das autoridades alemãs e da comunidade portuguesa no país.

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