Empresa brasileira quer ajudar Portugal no desafio da atual crise energética

Objetivo é criar nova rota de gasodutos entre o continente americano e a Europa

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Paulo Fernandes, CEO da Liderroll
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Paulo Fernandes, CEO da Liderroll, está a conversar com os responsáveis pelo Porto de Sines, em Portugal, com o intuito de oferecer soluções logísticas no ramo das energias renováveis, num momento em que a Europa enfrenta grandes desafios no abastecimento energético, em virtude da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, garantiram fontes ligadas ao empresário.

Este responsável brasileiro, que lidera uma das principais empresas do setor de construção de gasodutos na América do Sul, esteve recentemente em Portugal para novas reuniões, numa agenda que se tem intensificado desde outubro de 2022.

Este país europeu é hoje um dos principais polos de novos negócios no velho continente, com foco no setor de energia. A ideia de Paulo Fernandes é auxiliar o país irmão a alcançar um patamar de destaque na região ao tornar-se num Hub de gás para a Europa.

Fontes consultadas pela nossa reportagem contam que existe uma grande movimentação de navios em Sines, como os que são provenientes da Rússia, que chegam ao país com carga de gás.

Existem já conversações entre as autoridades norte-americanos e portuguesas sobre a possibilidade de Portugal receber gás dos Estados Unidos e distribuir internamente através de um gasoduto a ser construído até a Espanha e de lá, aproveitando um gasoduto espanhol, já em operação, enviar para todo o mercado europeu.

“Logisticamente para os Estados Unidos é uma excelente opção, com o encurtamento das viagens marítimas, mas precisa ter mais frequência nos envios desse gás”, disseram especialistas.

E este cenário tem conquistado cada vez mais atenção em Portugal. Nos últimos dias o tema foi mesmo pauta na imprensa nacional portuguesa, com a Galp, grupo de empresas portuguesas no setor de energia, a dizer-se “muito desapontada” com a Venture Global, um fornecedor de gás natural de liquefeito (LNG) sediado nos Estados Unidos, com o qual a petrolífera portuguesa assinou um contrato de fornecimento a 20 anos. Este parceiro norte-americano não estará a cumprir com o acordado.

“Estamos claramente muito desapontados”, indicou Rodrigo Vilanova, membro do conselho de administração executivo da Galp responsável pela pasta da Gestão de Energia.

Paulo Fernandes tem mantido uma série de negociações com empresas portuguesas e também de outros países europeus, como Espanha e Polónia, com vistas à exportação de algumas das suas patentes no setor de pipelines. A empresa está a negociar a travessia de um rio na cidade de Wisla, para cruzar um oleoduto.

Uma nova agenda entre os responsáveis pela Liderroll e os parceiros portugueses está prevista para acontecer nos próximos meses no Brasil. ■

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1 COMENTÁRIO

  1. Parabéns ao engenheiro Paulo Fernandes pelo excelente trabalho e competência demonstrados no setor de gasodutos! Seu comprometimento e expertise são realmente admiráveis.

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