Em 2020, a Mutualista Covilhanense deu início ao Projeto Casa Moura, uma Casa de Acolhimento Especializada (CAE) destinada a acolher Crianças e Jovens Estrangeiros Não Acompanhados (CJENA) no âmbito de um compromisso assumido pelo Estado português perante a União Europeia.
No último dia 4 de outubro, a instituição recebeu Úrsula Corona, ativista e embaixadora da Organização das Nações Unidas (ONU) no Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, que será “Madrinha” do Projeto Casa Moura.
Atriz e apresentadora luso-brasileira, que trabalha entre Portugal e o Brasil, Úrsula Corona é uma mulher ligada a causas sociais e aposta no empreendedorismo social, apresentando ferramentas para “potencializar talentos locais ativando uma economia sustentável e o consumo consciente”. Mais recentemente, lançou, em parceria com a ONU, o Programa “Fome de Tudo”.
Úrsula Corona visitou as instalações da Casa Moura e aproveitou a oportunidade para conviver com os jovens integrados no projeto, com quem partilhou o almoço após uma visita à sede da Mutualista Covilhanense, onde conheceu todos os projetos, ações, valências, serviços e objetivos da Associação.
Ao início da tarde, Úrsula Corona reuniu com a equipa Técnica e Educativa da Casa Moura e ficou a conhecer o processo de gestão do projeto, assim como o quotidiano na Casa de Acolhimento Especializada. Mais tarde, os jovens apresentaram a Covilhã à “Madrinha”, percorrendo as ruas da cidade que os acolheu tão bem.
Finalmente, às 17h, Úrsula Corona foi apresentada oficialmente ao público como “Madrinha” do Projeto Casa Moura, numa ação de imprensa que contou com a presença de Tâmela Grafolin, da Casa do Brasil, Jéssica Augusto, diretora técnica da Casa Moura, e Nelson Silva, presidente da direção da Mutualista Covilhanense, além de outros nomes ligados à Associação. Uma placa comemorativa alusiva ao momento foi colocada nas instalações da Casa Moura.
Emocionada, Úrsula Corona classificou a Casa Moura como “um projeto genuíno, com impacto regional tão único, tão forte que os portugueses que têm empatia precisam conhecer”.
“É um projeto que luta por independência, que realiza, que atende não só este público específico, que são sobreviventes excluídos, que sofrem muito preconceito, liderado por uma instituição que também ajuda os idosos. Poder vir aqui, poder conhecer um projeto que faz a diferença e que tenta potencializar cada vida, que tenta incluir estes jovens no mercado de trabalho, formá-los, dar-lhes educação e reconstruí-los, enfim, é muita honra poder se madrinha e a gratidão é exatamente minha”, afirmou esta responsável.
Por seu turno, Nelson Silva, presidente da Direção da Mutualista Covilhanense, realçou que poder contar com o apadrinhamento da Casa Moura por um nome conhecido no meio social é um passo importante nesta jornada que procura dar autonomia de vida aos jovens acolhidos.
“Agradecemos a presença da Úrsula Corona nas nossas instalações e estamos gratos também por ter aceite ser Madrinha deste projeto. Aproveito a oportunidade, e a presença da Embaixadora da ONU, para deixar uma mensagem à nossa sociedade: estes jovens precisam ser acolhidos, apoiados. Necessitam da nossa ajuda, da nossa integração. Deixo também uma mensagem de apoio e reconhecimento às equipas que atuam na Casa Moura pelo trabalho exaustivo que realizam em prol do bem-estar destes jovens”, comentou Nelson Silva.
A Direção da Mutualista e a atriz estudam já ações que possam beneficiar os jovens acolhidos neste projeto.
“Agora, juntamente com toda a Direção da Mutualista, vamos estruturar passos e projetos sólidos, implementar empreendedorismo social, não só em Portugal, mas em alguns outros países. Uma outra rede que queremos trazer para a Casa Moura é o projeto Fome de Tudo que criei em 2018, que tem o apoio das Nações Unidas, e que está avançando com muita força no Brasil, Portugal e em alguns países da África, e poder fazer essa rede, onde temos um objetivo comum, que é o empreendedorismo social e o direcionamento destas vidas, só nos faz ganhar forças juntos e acredito que vai potencializar todos que estão nesta rede, não só os jovens”, finalizou esta ativista da ONU. ■