Documentário “A Arte da Memória” estreia dia 26 com coprodução Brasil-Portugal

O filme, que aborda o processo dos artistas plásticos Daniel Blaufuks, Pedro Bastos e José Rufino, é uma coprodução Brasil-Portugal

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A estreia brasileira do documentário A Arte da Memória será com exibição gratuita no MAC, em Niterói, no dia 26 de janeiro
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O documentário A Arte da Memória, da Bando à Parte, produtora do realizador Rodrigo Areias, em parceria com a brasileira Fênix Filmes, de Priscila Rosário, será lançado oficialmente no Brasil em uma sessão especial na praça do Museu de Arte Contemporânea de Niterói- MAC. A exibição será no dia 26 de janeiro, às 18:30. O filme de Rodrigo Areias mergulha no processo criativo de três artistas plásticos contemporâneos: os portugueses Daniel Blaufuks e Pedro Bastos, e o brasileiro José Rufino. Os três abordam perspectivas diferentes de expressão e como a memória de cada um se reflete em suas obras.

A arte da memória é uma técnica clássica que associa imagens a lugares através de um processo de lembrança e significação. Ao vasculhar os acasos e a desordem, chega-se à mitologia pessoal do realizador, assumindo que a memória é uma ficção como qualquer filme.

Tudo começou com a  Priscilla Rosário , que mora na cidade e quer ocupar espaços públicos e contribuir artisticamente através do trabalho dela como produtora de cinema.  Coprodutora do filme com Rodrigo Areias, ambos escolheram Niterói por pensarem ser a cidade perfeita pelo que representa o MAC para o mundo da arte e a obra icônica de Oscar Niemeyer. “A primeira exibição pública do filme Arte da Memória não poderia ser num espaço mais bonito e significativo, o MAC. Esse filme foi realizado para todos, seguiremos com projeções gratuitas em espaços públicos. Nosso propósito, meu e de Rodrigo Areias, diretor do filme, é mostrar que a Arte é para todos e que pode ser acessível. Neste dia, vamos prestar uma homenagem à Mônica Botelho (comunicação e marketing do Grupo Energisa) pelos trabalhos que desenvolveu na cultura brasileira, e que se recupera de um AVC”, diz Priscila

O encontro de Rodrigo Areias com José Rufino

 O diretor Rodrigo Areias conheceu José Rufino no Brasil, no seu ‘sítio’ em João Pessoa, onde tem também atelier, num almoço de família onde foi acompanhado por Daniel Blaufuks. Na véspera tinham visto uma exposição de Rufino que deixou Areias bastante intrigado, baseada na memória dos pescadores da região. “A relação do seu trabalho com a memória do Brasil, principalmente com o período da Ditadura Militar, deixou-me muito interessado em conhecer mais do seu trabalho e processo”, lembra.

Nessa mesma viagem, Blaufuks falou do seu fascínio pela obra de Victor Erice, que veio a trabalhar com Areias em Guimarães (Portugal). “O Daniel e eu fomos aflorando possibilidades de parcerias: o resultado foi um belo projeto chamado Fábrica, que consistiu na criação de um livro, um filme em super 8mm e uma exposição em Guimarães”, diz.

Um ano depois, exposição, filme e livro foram apresentados em João Pessoa, na Usina Cultural, precisamente o mesmo museu onde, dois anos antes, tinha visto pela primeira vez a obra de José Rufino. Na referida Usina Cultural, uma antiga fábrica, Pedro Bastos apresentou uma exposição de nome “Semilha” e visitou o atelier de José Rufino. “A relação destes elementos com a Fábrica de Daniel Blaufuks e a de Victor Erice — a Rio Vizela, que pertence à minha mitologia familiar e que o meu pai me havia dito anos antes para a mostrar a Victor Erice — forma uma sequência de coincidências reincidentes, entre a obra e a imagem, entre a memória e a arte”, explica Rodrigo Areias.

Sobre o diretor Rodrigo Areias

Nasceu em Portugal em 1978. Estudou som e imagem na Universidade Católica Portuguesa e, mais tarde, especializou-se em realização na Escola de Artes Tisch da Universidade de Nova York. Produziu e coproduziu filmes de cineastas como Edgar Pêra, João Canijo e F.J. Ossang, e foi responsável pela produção de cinema do evento Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura. Dirigiu, entre outros, os longas-metragens Tebas (2007), Estrada de Palha (2012), 1960 (2013), Ornamento e Crime (2015), Hálito Azul (2018), Surdina (2019) e Vencidos da Vida (2020).

A Arte da Memória (2019)

Realização: Rodrigo Areias

55 min | Cor

Produção: Bando à Parte e Fênix Filmes

Distribuição: Fênix Filmes

Trailer: https://vimeo.com/626640260

Argumento: Rodrigo Areias

Director de Fotografia: Jorge Quintela

Montagem: Ricardo Freitas

Produção: Rodrigo Areias, Priscila Miranda do Rosário

Protocolos sanitários:

Todos os protocolos sanitários de combate à COVID-19 são seguidos, como a obrigatoriedade do uso de máscara e apresentação do comprovante de vacinação em dia, no formato impresso ou digital, acompanhado de um documento com foto. ■

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