Deputada brasileira pede urgência ao governo para repatriar cidadãos retidos em Portugal

Parlamentar encaminhou requerimento ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil

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“Muitos estão enfrentando dificuldades financeiras para sobreviver"
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A deputada federal brasileira Renata Abreu, que é também presidente nacional do partido Podemos, diz estar a mobilizar-se “para ajudar os brasileiros em Portugal e que não conseguem voltar ao Brasil”. “Muitos estão enfrentando dificuldades financeiras para sobreviver”, confirmou.

Em virtude do cenário de pandemia, os voos entre Brasil e Portugal estão suspensos pelo governo português desde 29 de janeiro. A medida está prevista para ser encerrada no dia 16 de março.

Diante da informação, esta parlamentar encaminhou requerimento ao Ministério das Relações Exteriores do seu país a pedir urgência para a repatriação desses cidadãos.

Recentemente, os governos dos dois países concederam uma autorização especial à empresa aérea portuguesa TAP para um voo de ida e volta entre Lisboa e São Paulo.

“(…) só estarão nele (no voo) aqueles que conseguiram comprar passagens pela TAP. Como fica quem não conseguiu? Eles precisam urgentemente de assistência e condições para retornarem ao Brasil. É isso que estou pedindo ao governo federal que, por meio do Itamaraty, providencie o retorno de todos que estão retidos o mais rápido possível. Trata-se de uma ação humanitária”, defendeu Renata Abreu.

Nas redes sociais, brasileiros demonstram descontentamento e frustração com essa operação. Muitos, especialmente os que tinham passagens pelas empresas aéreas brasileiras Azul e Latam, que também operam voos diretos entre os dois países, dizem não ter dinheiro para comprar novos bilhetes.

Segundo apurámos, a viagem entre Lisboa e São Paulo, que aconteceu no dia 26 de fevereiro, contava com bilhetes só de ida num valor de 850 euros (aproximadamente R$ 5.600).

Num grupo de mensagens instantâneas, que reúne mais de 200 brasileiros atingidos pelo cancelamento dos voos, vários deles relatam estar a precisar de auxílio de ONGs e entidades religiosas para conseguirem alimentos no país.

“Temos recebido muitos relatos de brasileiros, que já perderam os seus empregos e não têm mais condições financeiras de continuarem em Portugal. Precisamos que o governo federal socorra todos os nossos cidadãos”, finalizou Renata Abreu. ■

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