Cônsul-Geral de Portugal em Zurique faleceu em outubro

Diplomata é considerado por autoridades e amigos um grande defensor das comunidades portuguesas

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Paulo Maia e Silva, Cônsul-Geral de Portugal em Zurique
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Paulo Maia e Silva, Cônsul-Geral de Portugal em Zurique desde setembro de 2018, faleceu no dia 27 de outubro em Lisboa vítima de doença prolongada. Diplomata há mais de duas décadas, desempenhou funções nas Embaixadas de Portugal em Kinshasa, no Congo; México; Pequim, na China; e Díli, em Timor-Leste. Foi também Cônsul-Geral adjunto em Londres.

Autoridades portuguesas e amigos reagiram com tristeza à notícia da partida de Paulo Maia e Silva.

“Foi com profundo pesar que o Ministério dos Negócios Estrangeiros tomou conhecimento do falecimento do Conselheiro de Embaixada Paulo Marcelo Lenoir Maia e Silva. (…) A dedicação com que desempenhou as suas funções manter-se-ão na memória das comunidades que serviu. O Ministério dos Negócios Estrangeiros apresenta à família e aos amigos os votos mais sinceros de sentidos pêsames”, disse João Gomes Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal.

Por sua vez, Paulo Cafôfo, Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, mencionou que “recebi com grande tristeza a notícia do falecimento do Cônsul-geral de Portugal em Zurique, Paulo Marcelo Lenoir Maia e Silva. Portugal perde um diplomata dedicado e fiel no serviço às nossas comunidades. A todos os seus familiares e amigos as minhas mais sinceras condolências nesta hora de luto”.

Paulo Pisco, deputado eleito pelo círculo europeu, sublinhou lamentar “imenso o falecimento do senhor Cônsul-Geral de Portugal em Zurique Paulo Maia e Silva. De todas as vezes que me encontrei com Paulo Maia e Silva encontrei um diplomata dedicado às suas funções e muito sensível às questões relacionadas com as comunidades portuguesas e com os seus funcionários. No último encontro há pouco mais de um ano, falou-me mesmo de um assunto que considero da máxima importância, que era o seu trabalho de mapeamento da comunidade na sua área consular. Via no senhor cônsul uma pessoa muito íntegra e correta, com um enorme respeito pelos seus semelhantes. O Ministério dos Negócios Estrangeiros perdeu um excelente diplomata. Envio aos seus familiares e amigos as minhas mais sentidas condolências”.

Por seu turno, a também deputada eleita pelo círculo da Europa, Nathalie de Oliveira, disse que “foi com muita tristeza que recebi a notícia do falecimento do Cônsul-Geral de Portugal em Zurique, Paulo Marcelo Lenoir Maia e Silva. Relembro com emoção a nossa conversa ainda no passado mês de maio acerca das suas funções. Saúdo a sua dedicação incansável no serviço às Comunidades. As minhas sinceras condolências à família e aos mais próximos”.

José Cesário, ex-Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e antigo deputado eleito pelo círculo de fora da Europa, recordou os tempos em que conheceu Paulo Maia e Silva.

“Conheci o diplomata Paulo Maia e Silva há já uns bons anos, aquando da minha passagem pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Acompanhei a sua ação nas estruturas do próprio Ministério e em alguns dos postos por onde passou. Era um homem discreto, mas muito empenhado nas suas sucessivas missões. Com o seu desaparecimento, o Ministério perde um profissional extremamente empenhado e dedicado à causa pública. Apresento à sua família as minhas sentidas condolências”, finalizou Cesário, que, atualmente, é Secretário Nacional do Partido Social Democrata (PSD) para as Comunidades Portuguesas.

​Carlos Gonçalves, ex-deputado eleito pelo círculo europeu, mencionou que “tive a oportunidade de conhecer o Dr. Paulo Maia e Silva no momento em que exercia funções de Cônsul-Adjunto em Londres. Recordo com saudade alguns momentos que partilhámos no contacto com a nossa comunidade nomeadamente nas celebrações do Dia de Portugal no Parque de Kensington. O Dr. Paulo Maia e Silva era um diplomata muito atento aos problemas das pessoas e com uma enorme sensibilidade para as questões relativas às comunidades portuguesas. Estou certo de que o Dr. Paulo Maia e Silva será lembrado pela dedicação, pelo empenho e pelo esforço que sempre demonstrou na defesa dos interesses do seu país e dos portugueses que serviu nos países onde exerceu funções. Portugal perdeu um grande diplomata e as Comunidades Portuguesas perderam um amigo. À Família e amigos apresento as minhas sinceras condolências”.

Carreira com destaque e amor pelas comunidades portuguesas

Em maio de 2021, Paulo Maia e Silva falou, em entrevista, sobre as dificuldades impostas pela pandemia à rotina dos serviços consulares, destacou que Portugal é um destino turístico de eleição para os suíços, mencionou que os suíços têm escolhido Portugal para viver após a reforma e explicou o papel da comunidade portuguesa na aproximação entre os dois países nas últimas décadas.

Nesta mesma oportunidade, o diplomata comentou ainda que existem diversos portugueses que ocupam lugares importantes no mundo da banca e das finanças na Suíça, revelou que valoriza o trabalho das associações portuguesas, abordou a importância de estas entidades se candidataram ao Programa de Apoio ao Associativismo da Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas e disse testemunhar a influência da língua portuguesa nesse país europeu.

“A Suíça é um país maravilhoso para se viver e trabalhar. Por outro lado, acolheu bem as portuguesas e os portugueses que decidiram iniciar uma nova vida. Como será certamente do seu conhecimento, Portugal também é um destino turístico de eleição para os suíços. Por outro lado, muitos suíços, quando se reformam, escolhem o nosso país. Existe uma proximidade entre Portugal e a Suíça, a qual tem sido reforçada, ao longo das últimas décadas, em grande parte graças à nossa comunidade”, disse, na altura, Paulo Maia e Silva, que defendeu que a comunidade portuguesa na Suíça é “dinâmica, esforçada e bem integrada, entre outras qualidades que a caracterizam”.

“A comunidade portuguesa honra não só Portugal como também a própria Suíça”, defendeu Paulo Maia e Silva, que ingressou na carreira diplomática em finais de 1997. ■

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