A Universidade da Beira Interior (UBI), em Portugal, foi selecionada pela União Europeia para integrar o projeto Universidades Europeias, passando a fazer parte do plano de modernização do espaço de educação europeu. Isto resulta da aprovação do consórcio UNITA – Universitas Montium, constituído pela UBI, a Universidad de Zaragoza (Espanha), Université de Pau et Des Pays de L’Adour e Université Savoie Mont Blanc (França), Università Degli Studi di Torino (Itália) e Universitatea de Veste din Timisoara (Roménia).
As seis instituições de Ensino Superior, que, no total, têm cerca de 160.000 estudantes e 15.000 colaboradores, uniram-se em torno da partilha de objetivos, realidades e desafios comuns. São exemplo as línguas românicas (cujo uso no meio académico pretendem incentivar, em prol da diversidade e inclusão), a localização geográfica em regiões de montanha e de fronteira de cada um dos países e por se constituírem como importantes elementos no desenvolvimento das comunidades em que se inserem.
“Foram muitos meses de trabalho árduo e dezenas de reuniões que envolveram professores, funcionários e estudantes das universidades UNITA, mas valeu a pena. A experiência da UBI no campo da internacionalização no espaço lusófono foi destacada na avaliação”, salienta o vice-reitor para o Ensino e Internacionalização, João Canavilhas, que considera a aprovação deste projeto “um motivo de grande orgulho para toda a comunidade UBIana e para a região. A UBI tem aqui a oportunidade de ganhar uma verdadeira dimensão europeia e de fazer a ponte entre a europa e o mundo lusófono”.
A UNITA – Universitas Montium foi um dos 24 consórcios agora aprovados pela Comissão Europeia, que recebeu 62 candidaturas no âmbito da última chamada para a Iniciativa Universidades Europeias. A envolver universidades portuguesas foram aprovados apenas três consórcios.
Com o consórcio UNITA, as universidades pretendem juntar sinergias e aprofundar o desenvolvimento dos territórios, a partir de conceitos como a sustentabilidade e a economia circular e, ainda, promover a formação focada no aluno, numa perspetiva de multiculturalidade e inclusão, de acordo com a herança europeia.
Nos próximos três anos vão trabalhar na constituição de um campus interuniversitário que funcionará através da mobilidade de estudantes, docentes, investigadores e funcionários, e da criação de um campus virtual. Para os estudantes, por exemplo, será possível circular entre as instituições durante a formação, beneficiando de um modelo pedagógico inovador.
Além das vantagens da mobilidade, os avaliadores da proposta reconheceram a “forte ambição” do UNITA para contribuir para o desenvolvimento regional, através da implementação de Estratégias de Especialização Inteligente, importantes para as zonas periféricas onde se situam as seis academias.
“A UBI é, há vários anos, uma universidade voltada para a cooperação internacional, seja na formação de quadros, desenvolvimento de projetos de investigação ou no âmbito da mobilidade de alunos, docentes e ‘staff’, com a experiência de liderar projetos Erasmus+. Temos um enorme comprometimento com os grandes desafios que se colocam às nossas sociedades, como o desenvolvimento sustentável ou a economia circular. É nossa preocupação que, internamente, possamos implementar as melhores práticas no funcionamento da academia, transferir conhecimento que seja uma mais-valia para a proteção ambiental e, sobretudo, formar cidadãos e profissionais com uma nova mentalidade””, diz António FIdalgo, Reitor da UBI.
Com a ação Universidades Europeias, a União Europeia pretende aumentar a competitividade do Ensino Superior no espaço da UE, aprofundando a cooperação entre as instituições, os seus estudantes e pessoal, partilhando recursos físicos, cursos, conhecimentos especializados, dados e infraestruturas. ■