Com experiência profissional em Portugal, Ricardo Cavalcanti, especialista em cirurgia plástica, explica como proceder ao diagnosticar o rompimento de uma prótese de mama

Caso de apresentadora de TV do Brasil deixou pacientes em alerta

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Ricardo Cavalcanti, presidente do Instituto Carlos Chagas, no Rio de Janeiro
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A apresentadora de TV brasileira, Márcia Goldschmidt, que reside atualmente em Portugal, usou as suas redes sociais para informar que a sua prótese de mama rompeu e que irá procurar o seu médico no Brasil para o devido tratamento. Esta profissional fez um alerta: “Preste atenção, mulherada, eu descobri que a minha prótese de silicone rompeu, a prótese do lado esquerdo. E eu não sinto nada, não percebo nada”.

Para entender melhor este quadro, conservamos com Ricardo Cavalcanti, professor, chefe da Divisão de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva da UNIRIO – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, membro da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) e presidente do Instituto Carlos Chagas, no Rio, tendo já operado mais de oito mil mamas com finalidade estética e reparadora.

Para o professor Ricardo Cavalcanti, “o rompimento de próteses mamárias é um problema que pode ocorrer em qualquer momento após a cirurgia. A prótese de silicone é um produto com validade indeterminada, mas isso não significa que ela dure para sempre. Ela pode durar anos ou décadas, mas também pode romper-se antes disso. É importante ressaltar que o rompimento da prótese não é uma falha da prótese em si, mas sim uma consequência do envelhecimento e do uso normal do corpo”.

“A prótese pode romper-se devido a vários fatores, incluindo a qualidade do material utilizado, o processo de fabricação da prótese, a idade da prótese, o tipo de cirurgia realizado, as atividades físicas da paciente e outros fatores. As próteses modernas são feitas de silicone de alta qualidade e têm uma durabilidade muito boa, mas mesmo assim é possível ocorrer rutura”, acrescentou Ricardo Cavalcanti.

“Sou médico e cirurgião plástico em Portugal e sempre que vou àquele país tenho grande procura devido à reputação da cirurgia plástica brasileira. No caso específico da apresentadora Márcia Goldschmidt, é difícil dizer exatamente por que a prótese se rompeu, pois, cada caso é único e requer uma avaliação individualizada. No entanto, é importante destacar que a rutura da prótese não é necessariamente causada por uma falha do cirurgião ou da prótese, mas pode ocorrer devido a uma série de fatores”, acrescentou o cirurgião plástico Ricardo Cavalcanti, que também é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Fontes indicam ser importante que as pacientes saibam que a rutura da prótese não é algo incomum e que é possível minimizar os riscos seguindo as orientações do cirurgião plástico, fazendo exames regulares para acompanhar a condição da prótese e evitando atividades que possam causar danos à prótese. Além disso, é fundamental escolher um cirurgião plástico qualificado e experiente, que possa orientar a paciente em relação aos riscos e benefícios da cirurgia e realizar o procedimento com segurança e qualidade.

Recomendações do professor em cirurgia plástica

As próteses devem ser avaliadas anualmente através de exame físico e se necessário complementar com exames de imagem (ultrassom, mamografia ou ressonância). Após a suspeita de rompimento, deve ser realizado o exame de imagem, a fim de verificar se a rutura é dentro da cápsula ou fora.

“A cápsula formada em torno do implante protege o contacto da silicose com os tecidos. Outro ponto importante é que, na tecnologia atual dos implantes, o produto interno é gelatinoso, não se espalhando pelos tecidos, de qualquer forma, a remoção não é uma urgência. O tempo decorrido entre a rutura e cirurgia deve ser considerado caso a caso, dependendo do tipo de implantes”, finalizou Ricardo Cavalcanti, que é ainda professor visitante da Universidade de Utah, nos EUA. ■

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