Atuar no mercado de trabalho fora dos grandes centros urbanos impõe algumas dificuldades. A dentista Ana Augusta Corrêa da Costa, sócio-gerente da Clínica Dentária Cariense, localizada em Caria, no concelho de Belmonte, interior de Portugal, aposta na relação de maior proximidade com os clientes para fidelizar o público e se estabelecer no interior, ao seguir na contramão da maioria dos empreendedores.
Segundo esta dentista, levar tecnologia para a clínica também é fundamental para atender as demandas trazidas pelos pacientes.
No interior, as dificuldades esbarram em falta de infraestrutura, com pouco acesso a fornecedores de produtos, especialistas em manutenção de equipamentos e dificuldade de deslocamento. Oportunidades de trabalho para a população também são questões que viabilizam o desenvolvimento do negócio, pois afetam diretamente no poder de compra e consumo das pessoas. A dentista expôs quais as dificuldades de quem decide trabalhar no interior.
“Trabalhar no interior de Portugal é desafiador. Os custos de manutenção e aquisição dos equipamentos são mais elevados, devido ao facto de os fornecedores possuírem instalações nos grandes centros (Lisboa e Porto, principalmente) e temos que suportar os custos de deslocação dos técnicos, para além do tempo de espera na resolução de avarias ou manutenções periódicas dos equipamentos. Para manter a equipa atualizada tecnicamente, é necessário deslocar-se aos grandes centros. O poder aquisitivo das pessoas é menor no interior, em parte devido à escassez de oportunidades de trabalho”, disse Ana Augusta.
Deste modo, para manter os padrões exigidos e atender as necessidades de forma satisfatória, o investimento na clínica passa por máquinas e equipamentos com tecnologia para suprir as demandas exigidas e entregar mais conforto aos pacientes durante e após os procedimentos.
“A aquisição desse material é de suma importância”, sublinhou a dentista, que decidiu investir durante uma crise económica e sanitária, causada pela Covid-19.
“A clínica tem à disposição equipamentos radiológicos digitais (Rx intraorais, Tac 3D) com índices de radiações muito baixos, garantindo, assim, a segurança de todos os pacientes. Desde 2015, todos os branqueamentos dentários são realizados com uma tecnologia avançada que permite realizar o branqueamento numa única sessão e com resultados muito superiores aos métodos tradicionais existentes no mercado. Além disso, diminui significativamente a sensibilidade dentária, durante a após o procedimento. Em plena pandemia, fizemos um investimento num scanner digital intraoral que permite a digitalização dos dentes com uma qualidade superior ao método tradicional (moldeira e alginato), diminuindo ainda alguns incómodos (náuseas, por exemplo) que alguns pacientes apresentam durante o procedimento pelo método tradicional”, finalizou esta responsável. ■