Paulo Roberto Gomes Fernandes, presidente da Liderroll, empresa especializada no mercado de construção de gasodutos especiais no Brasil, com projetos e assessoria técnica por vários países, defendeu, nos últimos dias, “protagonismo e ampla mobilização de nações para soluções de fontes de energia alternativas, em paralelo à utilização de hidrocarbonetos”.
Estudiosos recordam que a queima de combustíveis que têm petróleo como matéria-prima é prejudicial à Camada de Ozónio. De acordo com Paulo Fernandes, a solução deveria ser uma estratégia desenvolvida por países, em conjunto, para que cheguem num consenso sobre como tornar países não subsistentes em nações independentes energeticamente e com um potencial de produção de combustíveis limpos.
Para este responsável, existe a necessidade de “trocar os pneus com o carro andando”, pois “é inevitável o uso de hidrocarbonetos para a produção de energia, mas que alternativas devem ser pensadas em conjunto e não em uma corrida individual, onde não há vencedores”.
“Não vejo que estaremos livres dos hidrocarbonetos tão facilmente como querem alguns pseudos iluminados de gel no cabelo e fatos alinhados, mas que se quer já pisaram o chão de uma fábrica. É um discurso que está fazendo o mundo oscilar sem objetividade e está atrasando a obtenção de uma alternativa correta e sustentável. Há muita gente em diversos países tentando reinventar a roda numa corrida individual, cada um para um lado e da sua maneira. Isto não traz resultado consistente”, comentou o presidente da Liderroll, que apontou que “uma solução seria a criação de um grupo centralizador para tratar, em colaboração com países que já possuem várias metodologias de produção energéticas, riquezas naturais específicas e com estratégias usuais criadas já em curso, a fim de colocar tudo na mesa e definir uma linha central de objetivos e desenvolvimento para substituir os combustíveis fósseis, por energias renováveis”.
“Na minha opinião, está claro que a matriz energética que está em funcionamento deve ser mantida pelo tempo que for necessário. Porém, deve ser criado um grupo centralizado, que pode ser o BRICS, com a contribuição de outros países, que criará, definirá e escolherá, esgotando todas as teses, o que será adotado mundialmente como a filosofia e metodologia para se ter uma energia menos poluente, para, aos poucos, irmos nos desconectando da base de hidrocarbonetos. Assim, teríamos uma ação centralizada”, disse Paulo Fernandes.
Recorde-se que a Liderroll é uma empresa brasileira que conquistou, em 2011, o prémio de melhor empresa de soluções especiais do mundo em 2011 para a construção de dutos em ambientes confinados, concedido pela ASME-EUA. ■