Nelson Correia Abreu tem 42 anos de idade. É formado em engenharia eletrotécnica e tem mestrado em estratégia e inovação. Atualmente, é gerente de uma das maiores companhias elétricas públicas dos Estados Unidos. Mora em Los Angeles, mas nasceu em Lisboa e cresceu em Odivelas até aos 14 anos, quando emigrou para a Flórida, nos EUA. É candidato pela emigração pelo círculo de fora da Europa pelo PAN.
Sublinha que, desde que emigrou para os EUA, volta a Portugal todos os anos “para estar com a minha família”, já que “a minha irmã, cunhado e sobrinhas vivem no Seixal”.
“Mantenho amizades de norte a sul de Portugal. Por 15 anos, fui voluntário de uma instituição sem fins lucrativos no Alentejo”, disse.
Este candidato defende que “cada comunidade tem as suas preocupações” e que a sua prioridade será “dar voz às necessidades” da diáspora.
“Em Goa, há muita preocupação com construções ilegais em áreas de património cultural português reconhecido pela UNESCO. Na Califórnia, os centros culturais não têm recursos suficientes, apesar de agirem como autênticos representantes da marca Portugal no exterior. Não existem apoios para os portugueses no exterior que precisam de networking e investimento. Também, não existem mecanismos para aproveitar e valorizar a experiência dos portugueses no exterior – a maioria sente-se desprezada. É importante continuar a batalhar para remover obstáculos para a participação e representação democrática fora de Portugal. Ainda não há inscrição automática, é difícil mudar moradas, e não se aproveitam métodos descentralizados para votar”, referiu.
Sobre a sua candidatura, Nelson Abreu explica que “há urgência para tomar ação decisiva para combater as mudanças climáticas para prevenir os piores efeitos. Já vemos pandemias, incêndios, secas e conflitos relacionados, poluição, efeitos para a agricultura e pecuária e muito mais. Por outro lado, existe a oportunidade de transformar a energia, a transportação, e outros setores com trabalhos, cooperativas, e startups verdes”.
“Nestas legislativas antecipadas, é uma grande honra voltar a representar o PAN: o partido da oposição com mais propostas aprovadas, inclusive para a transparência, para o cuidado das pessoas e dos animais e o planeta. É muito importante ter um partido centrista, moderado, pragmático, capaz de trabalhar com os outros partidos democráticos para avançar as causas éticas. Não devemos dar o poder a vozes que dizem ser contra a corrupção, mas que pouco fizeram para combatê-la. Tenho muita sorte de ter uma vida confortável e empolgante, mas preocupa-me em que condições vamos deixar Portugal e o Planeta para as minhas sobrinhas. Preocupa-me o avanço de divisão e preconceito contra bodes expiatórios. No entanto, também não adianta entregar maiorias absolutas aos partidos do costume e esperar resultados diferentes”, criticou.
Sobre as leis que gostaria de ver aprovadas no seio da comunidade portuguesa emigrada, este responsável cita que, “com um grupo parlamentar do PAN, uma força progressista, de empatia, poderemos trabalhar em leis para aumentar a transparência e melhorar o nível de bem-estar dos portugueses”.
“Emigrantes portugueses muitas vezes querem voltar para Portugal, mas não veem as condições para tal. É importante apoiar os serviços consulares financeiramente para que seja mais fácil obter e renovar documentação. Além disso, o que os portugueses no exterior querem é um país estável, próspero e justo para os seus entes queridos e para poderem ter meios de voltar. Há preocupação com o futuro do planeta, mas também oportunidades para uma economia verde e tecnologias avançadas. Gostaria de ver leis que levassem ao estabelecimento de um fundo permanente que ofereça um seguro contra a pobreza, com fundos oriundos de ganhos de produtividade da inteligência artificial, do lítio, e novas indústrias. Igualmente, um banco ético com denominação eletrónica para o uso nacional para empresas sociais, pequenas e médias empresas, pequenos investimentos familiares, e para o desenvolvimento sustentável e habitação a custo razoável”, considerou.
Os seus pais nasceram no Antigo Estado Português da India (Goa) e viveram em Angola e Portugal. Nelson Abreu mantém laços familiares não só em Portugal, mas também pela lusofonia desde o Brasil até Goa. Foi premiado com o Silver Knight Award da American Airlines / The Miami Herald e reconhecido como voluntário do mês na municipalidade Broward County (Flórida) duas vezes, por contribuições à educação ia juvenil. Foi cofundador de duas empresas de tecnologia de bem-estar e segurança, Neuma Being e LifeLOQ. É autor de obras como “The Tao of the Dow: The Economics of Being”, que pode ser encontrado em: https://iovine-young.usc.edu/the-pulse/the-tao-of-the-dow ■