No próximo dia 31 de outubro, terá início a terceira edição do Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira), que vai decorrer nesse município brasileiro localizado no interior do estado de Minas Gerais, Brasil, sob o tema central “Arte, Literatura e Correspondências”. Vários autores lusófonos compõem o programa oficial.
Criado pelo jornalista brasileiro Afonso Borges, que é também o idealizador do Festival Literário de Araxá (Fliaraxá) e do Sempre um Papo, o Flitabira celebra 121 anos de nascimento do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. As atividades acontecem tanto de forma presencial, na Praça do Centenário, como on-line, pelo canal no YouTube do Festival.
Para o responsável pelo evento, que termina no dia 5 de novembro, o Flitabira revela grandes potencialidades no cenário cultural no interior de um dos maiores estados do Brasil.
“O Flitabira tem força porque contém ideias. (…) E um festival literário tem força porque expande as suas ideias com premissas fortes, como conceito bem estabelecido, convidados éticos e de qualidade, interação com a comunidade e intervenção cultural nos espaços urbanos. (…) Sendo esta a terceira edição do Flitabira, uma nova história será desenhada, com o olhar firme no legado das anteriores em duas direções: não repetir acontecimentos e criar outros, sempre inovadores. Aqui, algumas das ações, sempre alinhadas à literatura e coladas a outras áreas, como artes plásticas, música, dança, gastronomia, entre muitas. O foco na criança e no adolescente é uma determinação”, frisou Afonso Borges.
O festival vai contar com a participação de cerca de cem escritores e escritoras, presenciais, em Itabira, com presença em debates e a lançarem livros. Haverá ainda uma imensa livraria, que é o coração do Festival, e a exposição “Portinari Negro”. Em pauta ainda está um Concurso de Palíndromos, Festival Literário de Viola Caipira, Prémio de Redação, Circuito Cultural de Gastronomia, Prémio Juca Pato, novas edições das obras de Drummond, valorização dos artistas locais, programação Nacional e Internacional, infantojuvenil, local e regional, sessão de autógrafos gratuita, gastronomia, artesanato, programação musical, leitura do livro “O Amor Natural”, por Fábio Assunção, e o ciclo de debates, em parceria com o Sesc SP, “A Obra Epistolar de Drummond”, com a participação de dez especialistas, entre eles, José Miguel Wisnik e Antônio Carlos Secchin. Todos os debates e palestras serão transmitidas on-line e, depois, fixadas no Youtube do Flitabira.
No dia 31 de outubro, quando o festival abre as portas na cidade, serão exibidos vídeos com leituras de cartas do Poeta Drummond durante todo o dia, data em que se celebra o seu aniversário. E outras atividades estarão disponíveis para o público.
“E uma imensa novidade: fruto da pesquisa do professor Júlio Montemor, da Unifei, o público vai ouvir as vozes sintetizadas de Drummond e Portinari, lendo cartas um para o outro. Importante dizer isto: nunca a voz de Portinari foi reproduzida desta forma”, revelou Afonso Borges, que destacou, ainda, que o Flitabira é um festival “totalmente acessível, inclusivo e que compensa as emissões de CO2 em convénio com o Instituto Terra”.
“Por fim, e na verdade deveria ser o princípio, a confiança desdobrada em patrocínio do Instituto Cultural Vale é a força matriz de todo este esforço, via recursos da Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, do Ministério da Cultura. Com agradecimentos especiais à Prefeitura de Itabira”, finalizou Afonso Borges, presidente do Festival. ■