Brasil: 500 anos de Camões celebrado com exposição gratuita na Biblioteca Nacional

“A língua que se escreve sobre o mar — Camões 500 anos” entrou em cartaz na quarta-feira (24/07) e vai até 4 de outubro no Rio de Janeiro

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Luís Vaz de Camões, autor de “Os lusíadas”, é celebrado como o maior poeta da Língua Portuguesa, e o seu legado atravessa os tempos
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A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), localizada no Rio de Janeiro, Brasil, inaugurou no dia 24 de julho a exposição “A língua que se escreve sobre o mar — Camões 500 anos”.

A mostra pode ser visitada até 4 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, na sede da Biblioteca Nacional, no Centro carioca. A exposição, com entrada gratuita, é realizada em parceria com a Embaixada de Portugal no Brasil, com patrocínio do Camões — Centro Cultural Português em Brasília e de Pinheiro Neto Advogados. 

A FBN possui cerca de 700 exemplares de livros de Camões, alguns deles vindos de Portugal com Dom João VI, em 1808. Entre as raridades estão as primeiras edições de “Os Lusíadas” (1572), “Rimas” (1616) e “Rhytimas” (1595). A exposição está montada no setor de Obras Raras da Biblioteca Nacional e dialoga com as celebrações ao escritor português realizada pela instituição em 1880 — fotografada, na ocasião, por Marc Ferrez.

A mostra inclui mapas de Lisboa e das Américas, feitos na época de Camões — uma era de navegações e descobrimentos que inspiraram o maior escritor lusitano. Os visitantes poderão apreciar ilustrações presentes nos livros de Camões, além de diversas gravuras e desenhos dos séculos XVI ao XIX que retratam e homenageiam o autor. A exposição inclui, ainda, obras da literatura inspiradas no universo camoniano, além de pinturas de artistas contemporâneos relacionadas à temática da navegação, entre outros itens do acervo da FBN.  

O presidente da FBN, Marco Lucchesi, recordou que as comemorações são realizadas pela Biblioteca Nacional desde 1880 e destacou o legado camoniano através dos tempos e a soberania da sua poesia.

“Nenhum fantasma cessa de aumentar, enquanto a poesia segue altiva e soberana, aberta, inspiradora.  Assim, impõe-se a cada mostra, a vertigem da lista, a coleção dos livros que abordam Camões, para medir seu processo vital, seus renovados estudos, a lealdade dos leitores”, comentou este responsável.

Por sua vez, o Embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, disse no seu discurso que o legado de “Luís Vaz de Camões é de alcance tão planetário como o foi a saga narrada na sua obra mais conhecida, ‘Os lusíadas’”, salientando a predominância do mar na obra de Camões.

O Ministro de Estado e Negócios Estrangeiros em Portugal, Paulo Rangel, esteve presente na inauguração oficial da exposição.

“Camões foi o grande renovador e modernizador da língua portuguesa, que é nosso património comum. A sua inovação não se ficou pela estética e pela forma. Ele inovou pela substância, universalizando o português. Tornando-o mar e mapa, mudando a sua geografia, ele fez do oceano o livro sagrado da nossa língua comum. Como não celebrar os 500 anos do navegador da língua que falamos?”, concluiu Rangel. ■

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