A Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal deteve no dia 11 de março, na área da Grande Lisboa, um cidadão estrangeiro com um mandado de captura internacional, emitido pelas autoridades brasileiras, por “integrar uma organização criminosa constituída no Brasil”.
No comunicado, a PJ informou que a UNCTE também apreendeu “três armas automáticas, vários milhares de euros, viaturas de gama média/alta e equipamentos de mergulho”. A ação foi resultante de um mandado de busca domiciliar.
Segundo nota enviada à imprensa pela PJ, “os elementos de prova recolhidos evidenciam que este grupo criminoso, agora desmantelado, dedicava-se à introdução de grandes quantidades de cocaína no continente europeu, por via marítima, por regra escondida em cascos de navios e nas caixas de leme”.
Apurou-se que o “detido, de 38 anos, residente legal em território nacional, tinha como missão organizar toda a logística de retirada” da droga “dos navios, assim que estes amarassem nos portos nacionais e europeus”.
No mesmo dia da prisão do traficante, a Polícia Federal (PF) brasileira, por meio da operação “Emergentes”, cumpriu no Brasil “26 mandados de busca e seis mandados de detenção, no âmbito de um inquérito em que se investigam a prática de crimes de tráfico de droga, organização criminosa e branqueamento de capitais”.
A PJ informou que as investigações prosseguem.
Recorde-se que a PJ e a PF assinaram acordo de cooperação internacional de combate à criminalidade organizada transnacional durante a 14.ª Cimeira Luso-Brasileira, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, no dia 19 de fevereiro. ■