Lançada em 14 de julho, a autobiografia de ficção de Sheila Aragão, “Nem às paredes confesso – um encontro de amor e de mar entre o Brasil e Portugal”, conta a história de romance entre uma carioca, atriz e jornalista, e um português, empresário e político.
Nem às paredes confesso (Chiado Books, 2022) acompanha o dia a dia da autora com uma trilha sonora que, ao longo da leitura, pode ser acessada através de links indicados. A ideia é que o leitor possa ouvir a melodia que segue a personagem pela história, segundo Pedro Abrunhosa, poeta e compositor português responsável pela trilha sonora, “somos tudo menos passivos perante o livro e seus personagens”.
“Quase como num filme, projetamos imagens na nossa cabeça e ouvimos os sons que a autora quer que ouçamos. Uma perfeita integração entre diferentes formas de arte, sem retirar a capacidade polimórfica e abstrata de cada uma, tornando-nos atores, parceiros e cúmplices, nesta viagem encantada”, afirmou.
A obra traz, antes de tudo, uma história de amor. Segundo Marcelo Saback, roteirista, autor e diretor de cinema, teatro e TV que assina o prefácio, “nestas páginas recheadas de imagens, cheiros, músicas e sons, suas confidências mais puras, suas moldagens mais sacanas, seus ganhos, perdas, tristezas, alegrias… E, por assim o fazer com maestria, Sheila apresenta sua íntima poesia com a qual nos presenteia. Desnuda, aberta, declarada, apaixonada”.
Um pedido de casamento muda tudo na história de dois personagens que estão a um oceano de distância. O encontro que parecia ser apenas uma aventura, de repente, torna-se sério. Em 20 anos esta história parece não ter fim. Até que, finalmente, o destino os coloca frente a frente para uma conversa definitiva, afirma Wilma Lopes, jornalista, editora e professora de linguística.
Segundo a autora, esta é uma obra real com muita ficção ou, talvez, uma obra de ficção “cheia de realidade”. “Tanta realidade, que a cada página escrita, sofri, chorei, ri e me diverti com situações que vivi e que escolhi viver neste meu primeiro romance. Nesta minha história de amor que nem às paredes confesso.”
No livro, vários personagens se inspiram em pessoas reais e assinam o próprio nome; outros, no entanto, tiveram seus nomes trocados ou são fictícios. Para Sheila Aragão, o melhor de tudo foi não precisar ser fiel à realidade e contar histórias que ela gostaria que tivessem acontecido naquela hora e com aquela trilha sonora.
Sheila Aragão nasceu no Rio de Janeiro em 17 de setembro de 1958. Formada em Jornalismo, foi repórter e editora em veículos como Correio Braziliense, Jornal de Brasília, O Globo e TV Manchete. É atriz, diretora e produtora cultural e já atuou em cinema, teatro e TV. Tem pós-graduação em Gestão Cultural e é consultora de projetos culturais e especialista na Lei de Incentivo Fiscal Federal para Cultura. Foi conselheira titular de Artes Cênicas, de 2013 a 2016, na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), órgão máximo consultivo do Ministério da Cultura. Escreveu peças de Teatro Adulto e Infantil, crônicas em jornais, revistas e blogs.
Neta de portugueses com cidadania lusitana, afirma que, ao escrever Nem às paredes confesso, teve um encontro muito amoroso com suas raízes.
Pela ocasião do lançamento, a autora esteve na Livraria da Vila, em São Paulo, no dia 3 de agosto. Em seguida, partiu para o Rio de Janeiro, onde promoveu encontros na Biblioteca Municipal de Volta Redonda no dia 5 e na Livraria da Travessa do Shopping Leblon no dia 10. Em outubro, o encontro será em Lisboa. ■
Beatriz Hermínio