Adélio Amaro retorna aos Açores para apresentar “Insignes Açorianos”

Livro destaca nomes de relevo para o arquipélago açoriano, num convite a novas investigações sobre estes mesmos personagens

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Adelío Amaro, escritor
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O escritor português Adélio Amaro vai voltar a apresentar o primeiro volume do livro “Insignes Açorianos” nos Açores. Depois de ter estado em Ponta Delgada, em setembro, a obra chegará agora ao público da ilha Terceira. A Capela do Lar de Recolhimento de Jesus Maria José (Mónicas), localizado na Rua da Miragaia 34, em Angra do Heroísmo, na Terceira, vai ser palco desta nova apresentação no dia 25 de novembro, pelas 19 horas. Alberto Gonçalves é o responsável pela apresentação.

O evento, que decorre fruto da iniciativa da BiblioRuralis e do Lar de Recolhimento de Jesus Maria José (Mónicas), ficará marcado também pela história do recinto, uma vez que a primeira Missa nesta Capela foi celebrada no dia 25 de dezembro de 1746.

A obra visa homenagear os nomes que “elevaram os Açores na sua rica História” e assegurar que estes personagens reais “não fiquem esquecidos”. Este volume de estreia conta com as 60 primeiras crónicas assinadas por Adélio Amaro e publicadas no jornal “Açoriano Oriental”, sobre 141 figuras das noves Ilhas Açorianas, na maioria terceirenses, num total de 178 páginas, no formato 23×15 e 20 fotografias de bustos ou estátuas existentes no Arquipélago e referentes a outros insignes que são focados no livro. A edição é da responsabilidade da BiblioRuralis – Associação Cultural, sem fins lucrativos.

As histórias que ganham vida literária pelas mãos de Adélio Amaro destacam nomes de relevo para o arquipélago açoriano, num convite a novas investigações sobre estes mesmos personagens.

“Semanalmente, no jornal “Açoriano Oriental”, aos domingos, desde 16 de agosto de 2020, tem vindo a ser publicada a crónica “Insignes Açorianos”, já com 150 edições com simples notas sobre personalidades naturais, descendentes ou que viveram nos Açores, ultrapassando já os 330 nomes. Os citados artigos são apenas simples anotações sobre a vida de tão nobres Açorianos, deixando aberto o desafio para quem quiser fazer um trabalho mais profundo sobre um ou mais dos nomes que muito humildemente vou relembrando semana após semana”, afirmou Adélio Amaro.

“Além dos Homens da Literatura, aspeto maior da Cultura Açoriana, Açores deu ao mundo, não só ao Arquipélago e ao país, Mulheres e Homens de forte carácter e de ideias convictas. (…) Este primeiro volume não tem anseio académico. Apenas pretende apresentar informações, muitos acessíveis, sobre personalidades que merecem um estudo mais aprofundado, sendo que algumas delas têm sido alvo de estudo convencional e amplamente divulgadas”, finalizou o autor.

José Andrade, diretor regional das Comunidades do governo dos Açores, reforçou que, apesar de o autor não ter nascido nos Açores, “tem alma micaelense e sangue nordestense”, uma vez que “o seu pai é natural da freguesia da Algarvia, no concelho do Nordeste, mas ele próprio já nasceu em Leiria, onde reside”.

“Ainda assim, tem a cabeça no continente e o coração na ilha. (…) Cabe-nos, enfim, agradecer e enaltecer o esforço notável de Adélio Amaro, que, desta forma, assume também, ele próprio, o merecido estatuto de insigne açoriano”, defendeu José Andrade.

Esta mesma obra já foi apresentada em Leiria e na Casa dos Açores de Lisboa.

Currículo além-fronteiras

Adélio Amaro nasceu em Leiria, em 1973. Entre vários cursos frequentou Design da Comunicação e História de Arte do Século XX. Atualmente, é presidente do Centro de Património da Estremadura (CEPAE), da BiblioRuralis – Associação Cultural e consultor para a Cultura Popular do Município de Leiria. É ainda diretor do jornal “Gazeta Lusófona”, da Suíça, desde 2020, e coordenador editorial da editora “Portugal Mag” (Paris, França), desde 2010.

É autor e coordenador de 70 livros, sendo uma dezena deles publicados nos Açores, com destaque para a monografia da Algarvia, com quase 900 páginas, terra natal do seu pai, assim como outros sobre a história da igreja da Algarvia e a Filarmónica Estrela do Oriente.

Foi jornalista profissional entre 1996 e 2005, diretor e fundador de vários jornais. Colabora na imprensa de Portugal, Suíça, França, Brasil, Canadá e EUA, com artigos publicados em mais de 80 jornais e revistas. Foi fundador e sócio-gerente da editora Folheto Edições (2003-2015). Já participou ou coordenou dezenas de congressos e ações de formação, em países na Europa, Ásia e América e, nesses mesmos continentes, fez diversas intervenções, palestras, prefácios e apresentação de livros, organizando, também, dezenas de eventos culturais.

Diversas vezes distinguido, com destaque para a “Comenda da Paz Nelson Mandela”, atribuída pelo Conselho Internacional dos Académicos de Ciências, Letras e Artes e Instituto Comnène Palaiologos de Educação e Cultura, Entidade Académica Signatária do Pacto Global da ONU, assim como, entre outras, a “Medalha do Município de Leiria” (2014), Troféu “Etnografia e Tradição” (2019) da Fundação INATEL e, recentemente (2021), a “Moção de Honra ao Mérito” pela Academia de Filosofia e Ciências Humanísticas Lucentina, do Rio de Janeiro, também Signatária da ONU.

Impulsionou Antologias e Coletâneas de Poetas Lusófonos em 24 países, com a participação de mais de 400 poetas de todos os continentes, com destaque para as cinco Coletâneas de Poesia Lusófona em Paris e as sete Antologias de Poetas Lusófonos.

É membro de várias Associações e Academias em Portugal, França, Brasil, Suíça e Canadá, tendo sido, em 2019, empossado Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, Brasil.

É coordenador da coleção nacional “Memórias Fotográficas”, já com 18 volumes, sobre Ranchos de Folclore, Bandas Filarmónicas e Grupos Corais. ■

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