Adélio Amaro e João Morgado: autores explicam conexão em torno do idioma e do pensamento comuns

Encontro informal destes "gigantes da escrita" aconteceu no Interior de Portugal

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Adélio Amaro e João Morgado, em visita à Serra da Estrela
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Os escritores portugueses Adélio Amaro e João Morgado estiveram reunidos na região Centro de Portugal entre os dias 13 e 15 de maio, com passagens pelo Fundão e pela Covilhã, além de uma visita ao topo da Serra da Estrela. Durante o encontro, os dois autores conversaram sobre os projetos literários e culturais que têm conquistado maior atenção por parte do público nacional e estrangeiro e ressaltaram algumas iniciativas que estão a ser planeadas. Verónica Gordo, presidente da Associação Folclórica da Região de Leiria – Alta Estremadura, também esteve na região.

Segundo Adélio Amaro, que é também diretor do jornal Gazeta Lusófona, na Suíça, presidente do Centro de Património da Estremadura e presidente fundador do projeto BiblioRuralis, “é sempre bom estar com o João Morgado, amigo com quem partilho diversas ideias, muitas delas de índole literária”.

“O João tem um percurso como escritor muito interessante, nunca fugindo aos seus ideais. Admiro essa sua forma de atuar. O conhecimento que tem do mundo literário dá-lhe uma visão diferente perante a literatura que vai aparecendo nos países de Língua Portuguesa. Por isso, para mim, ter o João como amigo é uma honra, não só pelo seu vasto conhecimento, mas, principalmente, pela sinceridade que existe na nossa amizade. Esta acaba por resultar em partilha de ideias e projetos que, no futuro irão, de certo, darão os seus frutos”, frisou Adélio Amaro, que reside na região de Leiria.

Por seu turno, João Morgado destacou que Adélio Amaro “é uma pessoa infatigável e entregue à cultura, pelo que conquistou a minha admiração pela seriedade do seu trabalho notável e valioso”.

“A nossa amizade é baseada na confiança, apoio mútuo e um profundo respeito pela jornada criativa de cada um. Reconheço no Adélio um enorme amor ao saber, à literatura e à cultura de um modo geral, já que espalha a sua capacidade de trabalho em várias áreas. A sua abertura e generosidade têm permitido trocar ideias, abraçar desafios e alicerçar uma relação pessoal para além da escrita. O seu projeto da Biblioteca Rural é, a todos os níveis, fascinante, num desafio público à uma sociedade que teima em esquecer os livros. Deixo-lhe a minha admiração e respeito. A minha colaboração no que entender”, comentou João Morgado.

Morgado entrega livro premiado a Amaro

No dia 13, Adelio Amaro e Verónica Gordo reuniram-se com Sofia Lourenço, presidente da Associação “Mais Lusofonia”, com sede em Castelo Branco. Estes responsáveis estabeleceram a base do que será o futuro protocolo entre as entidades que lideram com foco na promoção cultural e em ações sociais.

Já no dia 14, Morgado entregou a Adélio, nas instalações do restaurante “A Torre”, liderado pelo empresário Paulo Silva no ponto mais alto de Portugal continental, um exemplar de um dos seus mais recentes livros: “Contos de Macau”, editado pela Amazon, uma obra que venceu o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, em 2020.

No dia 15, Adélio Amaro recebeu das mãos do Embaixador Cultural da Academia de Filosofia e Ciências Humanísticas Lucentina (AFCHL), com sede no Rio de Janeiro, o diploma de “Académico Benemérito”, numa iniciativa levada a cabo nas instalações do Alambique Hotel Resort & Spa, no concelho do Fundão, oportunidade na qual deu uma entrevista para a Agência Incomparáveis sobre o projeto da BiblioRuralis.

Adélio Amaro recebe diploma, enquanto apresenta projeto de biblioteca rural localizada em Leiria

A tónica das conversas entre estes dois autores girou em torno da necessidade de se valorizar a escrita, aumentar a repercussão do trabalho dos escritores, desbravar espaços no meio literário e elevar a cultura a outro patamar.

Movimento em prol da cultura

João Morgado, Adélio Amaro e Verónica Gordo, presidente da Associação Folclórica da Região de Leiria – Alta Estremadura

Adélio Amaro e João Morgado são dois nomes bastante conhecidos e respeitados do cenário literário português, e não só. Ambos atuam junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, levando a língua portuguesa, também, a recantos onde ainda causa “estranheza”.

Morgado é poeta e romancista português, publicou o primeiro romance em 2010, “Diário dos Infiéis”, e não mais parou de editar. Tem diversos romances publicados e muitas outras obras divididas entre o conto, a novela, a poesia ou as narrativas infantojuvenis. Tem livros publicados em outras línguas. É doutorando em Comunicação na Universidade da Beira Interior, onde se licenciou, tem um mestrado em Estudos Europeus na Universidade de Salamanca, Espanha, e uma pós-graduação em Marketing Político pela Universidade Independente / Universidade de Madrid. É membro do Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão. Foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural, oficializada pela República Federativa do Brasil pelo seu trabalho de investigação sobre Pedro Álvares Cabral. Recebeu ainda o Troféu “Cristo Redentor” pelo trabalho em prol da cultura luso-brasileira, entregue pela Academia de Letras e Artes de Paranapuã – Rio de Janeiro, dentre outras honrarias. É detentor de diversos prémios literários nacionais e internacionais. Vive na Covilhã, preside a Casa do Brasil – Terras de Cabral e é vice-presidente da Câmara de Comércio da Região das Beiras.

Já Adélio Amaro é consultor para a Cultura Popular do Município de Leiria e coordenador Editorial da editora Portugal Mag (Paris, França). Frequentou Design da Comunicação e História de Arte do Século XX. Foi, por duas vezes (2002-2004 / 2017-2019), presidente da Associação Folclórica da Região de Leiria – Alta Estremadura e presidente da Associação de Investigação e Cultura de Açores. É referenciado em vários manuais e é autor e coordenador de 67 livros. Tem ainda uma biblioteca pessoal com cerca de 15 mil títulos e mais de 30 mil entradas documentais, onde se destaca a coleção de jornais e revistas de todo o mundo, superior a três mil títulos. As temáticas principais da Biblioteca são Etnografia, História, Açores, Literatura Portuguesa e Brasil. Foi Jornalista Profissional (1996-2005), diretor e fundador de vários jornais. Colabora na imprensa de Portugal, Suíça, França, Brasil, Canadá e EUA. Tem cerca de quatro mil artigos publicados em mais de 80 jornais e revistas. Foi fundador e sócio-gerente da editora Folheto Edições (2003-2015). Diversas vezes distinguido, com destaque para a Comenda da Paz Nelson Mandela, atribuída pelo Conselho Internacional dos Académicos de Ciências, Letras e Artes e Instituto Comnène Palaiologos de Educação e Cultura, Entidade Académica Signatária do Pacto Global da ONU, assim como, entre outras, a Medalha do Município de Leiria e recentemente (27/07/2021) Moção de Honra ao Mérito pela Academia de Filosofia e Ciências Humanísticas Lucentina (Rio de Janeiro), também Signatária da ONU. Foi o impulsionador de várias Antologias de Poetas Lusófonos em 24 países, que reuniu mais de 400 poetas, de todos os continentes, com destaque para as cinco Coletâneas de Poesia Lusófona em Paris e as sete Antologias de Poetas Lusófonos. É membro de várias Associações e Academias em Portugal, França, Brasil, Suíça e Canadá, tendo sido (2019) empossado Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (Brasil). Coordena também a coleção nacional Memórias Fotográficas, já com 17 volumes, sobre Ranchos de Folclore, Bandas Filarmónicas e Grupos Corais. ■

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