Academia Portuguesa de Fibromialgia alerta sobre os sintomas da doença

“A intensidade dos sintomas pode variar de pessoa para pessoa e tende a flutuar ao longo do tempo, exacerbando-se em períodos de stress ou esforço físico”, afirmou o Prof. Dr. José Luis Arranz Gil, presidente da entidade com sede na Covilhã

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Prof. Dr. José Luis Arranz Gil, presidente da Academia Portuguesa de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica
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“A fibromialgia é uma condição de dor crónica caracterizada por dor musculoesquelética generalizada, frequentemente acompanhada por fadiga, problemas de sono, memória e humor”, é desta forma que a Academia Portuguesa de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica explica uma das doenças que mais atinge a população portuguesa e mundial.

Esta entidade alerta ainda que os “principais sintomas incluem dores persistentes e difusas pelo corpo, sensibilidade aumentada ao toque, rigidez muscular, especialmente ao acordar, e sensação de inchaço nas mãos e nos pés, apesar de não haver inflamação real”. Pode ainda causar “dores de cabeça, síndrome do intestino irritável e formigamento ou dormência nas extremidades”.

“A intensidade dos sintomas pode variar de pessoa para pessoa e tende a flutuar ao longo do tempo, exacerbando-se em períodos de stress ou esforço físico”, afirmou o Prof. Dr. José Luis Arranz Gil, presidente da Academia Portuguesa de Fibromialgia, entidade com sede na Covilhã, região Centro de Portugal.

Este responsável, que lidera a Unidade de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica na Mutualista Covilhanense e que atua como professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Beira Interior (UBI), também na Covilhã, considera que “a dor crónica surge sempre de uma dor aguda por qualquer causa, que se prolonga no tempo”.

“Qualquer dor aguda que dure mais de três meses converte-se numa dor crónica através de uma síndrome de sensibilidade central, ligada ao sistema nervoso. Essa dor crónica mantém-se no tempo e é sobre esse aspeto que estão focados, atualmente, todos os investigadores”, comentou este especialista.

“Além da dor, os pacientes frequentemente experienciam dificuldades de mobilidade, distúrbios do sono e alterações no humor, como depressão e ansiedade. Esta condição pode afetar significativamente a qualidade de vida, limitando a capacidade de realizar atividades diárias e participar plenamente na vida social e profissional”, disse.

Atualmente, os tratamentos para a fibromialgia e dor crónica focam-se na gestão dos sintomas e melhoria da qualidade de vida dos doentes. As abordagens incluem medicação que ajudam a reduzir a dor e melhorar o sono. Terapias físicas, como exercícios de baixo impacto, alongamentos e hidroterapia, são essenciais para manter a mobilidade e aliviar a rigidez muscular.

Além disso, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser eficaz no manejo do stress e na promoção de estratégias de enfrentamento. Técnicas complementares, como acupuntura, massagem e mindfulness, também são frequentemente recomendadas.

“A chave para o tratamento eficaz reside numa abordagem multidisciplinar, personalizada às necessidades específicas de cada paciente, permitindo uma gestão mais holística e integrada da condição”, finalizou o Prof. Dr. José Luis Arranz Gil. ■

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