O presidente da Academia Portuguesa de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica, o prof. Dr. José Luis Arranz, destacou a importância da vontade do paciente na superação desta condição crónica.
“O paciente que quer curar-se encontra o caminho, embora possa levar tempo, mas encontra a saída”, afirmou este profissional médico durante entrevista à imprensa espanhola.
Atualmente, mais de 45 mil pessoas no País Basco, principalmente mulheres, sofrem de fibromialgia, uma doença crónica caracterizada por dor e fadiga persistente, cuja superação depende em grande parte da vontade do paciente.
Durante a entrevista, o presidente desta Academia comentou que “o fator emocional tem um peso enorme na evolução da doença, tanto para o bem quanto para o mal”.
“Depois de ter realizado 2.276 consultas e atendido 327 pacientes na Unidade de Fibromialgia e Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica, desde 2021, quando foi inaugurada, tenho a certeza de que o paciente que deseja curar-se encontra o seu caminho. Pode passar por várias tentativas, mas, no final, encontrará a solução”, disse.
Este professor defendeu ainda que a fibromialgia é uma “desadaptação crónica ao stress e que o tratamento deve envolver uma abordagem integrada”.
“A psicoterapia é determinante, pois ajuda a gerir um dos elementos chave da fibromialgia: o stress”, acrescentou.
Segundo este médico especialista, o tratamento da fibromialgia deve ser conduzido em unidades especializadas ou, pelo menos, em unidades de neurologia, não em reumatologia, como ocorre frequentemente.
Recorde-se que a Academia Portuguesa de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica tem a sua na Covilhã, região Centro de Portugal, e se destaca por ser uma das principais instituições a abordar esta enfermidade do ponto de vista académico e documental. ■