Estado da Paraíba vai ser palco de Festival Literário Internacional no final de novembro

João Pessoa, capital paraíbana, servirá de “ponto de convergência literária” durante a primeira edição do FLIPARAÍBA

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José Manuel Diogo, presidente do FLIPARAÍBA, com o governador do Estado da Paraíba, João Azevedo. A esquerda na fotografia Naná Garcez, diretora da empresa paraíbana de comunicação. À direita, Pedro Santos, secretário de Cultura do Estado da Paraíba
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Escritores de cinco países de língua oficial portuguesa vão estar presentes em João Pessoa, no estado da Paraíba, nordeste brasileiro, entre os dias 28 a 30 de novembro, para participarem na primeira edição do Festival Literário Internacional da Paraíba (FLIPARAÍBA).

Segundo apurámos, o evento nasceu fruto de uma parceria entre a Associação Portugal Brasil 200 anos, liderada pelo português José Manuel Diogo, e o Governo Estadual da Paraíba, como forma de “celebrar um marco cultural que une os países de língua oficial portuguesa, com um olhar renovado sobre as heranças literárias e culturais desses territórios”.

Em destaque estarão as celebrações pelos 500 anos de nascimento de Camões, sob o tema: “Camões 500 – 10 Ideias para um Futuro Descolonizado”. Nomes de vulto da literatura lusófona marcarão presença no FLIPARAÍBA, com autores provenientes de países, como Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique e Portugal. A ideia é que estes escritores apresentem “perspetivas únicas sobre temas contemporâneos, inspirados na obra de Camões e no desafio de projetar um futuro descolonizado”.

O programa inclui ainda uma exposição especial: “O Rosto de Camões”, composta por dez retratos inclusivos que representam a diversidade de etnias, credos e origens da comunidade lusófona, constituindo uma metáfora sobre a descolonização e os diálogos entre o velho e o novo mundo.

De acordo com os seus organizadores, um dos pontos altos do evento é o “compromisso com a diversidade e inclusão: a presença de escritores não brancos é superior à de escritores brancos, e o festival alcança paridade de género entre os seus participantes, refletindo um movimento literário que valoriza a representatividade e o diálogo igualitário entre diferentes identidades”. O festival também contará com a participação especial de Maria Bochicchio, professora, investigadora, ensaísta e tradutora italiana. Alguns dos nomes já confirmados são Vera Duarte Pina, de Cabo Verde, e Tom Farias, do Brasil, que atua como co-curador do festival.

“Este festival é o fruto de uma visão compartilhada entre Portugal e Brasil sobre a importância de celebrar nossa herança cultural comum e construir pontes para o futuro que sentam como uma luva na minha condição de empresário e produtor cultural no Brasil e hoje embaixador de Coimbra no mundo”, comentou José Manuel Diogo, que conta com experiência nas lides culturais entre Brasil e Portugal, atuando em diversas frentes.

“O FliParaíba é um convite ao diálogo, à reflexão e, acima de tudo, à criação de um novo imaginário coletivo que nos conecta como cidadãos do mundo”, defendeu Tom Farias.

Por sua vez, João Azevêdo, governador do Estado da Paraíba, refere que “o Festival Literário Internacional da Paraíba é um convite para que a Paraíba e toda a comunidade de língua portuguesa dialoguem sobre a importância da inclusão, da representatividade e do respeito à diversidade cultural”.

Já José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, sugere que “este festival é um símbolo da longevidade e da renovação da língua portuguesa, e é com grande entusiasmo que Coimbra se associa a esse projeto, levando a força de sua tradição e a promessa de sua inovação ao coração do Brasil”.

O programa completo pode ser consultado em: www.fliparaiba.org ■

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