Festival Internacional de Cinema de Turismo na Lousã vai distinguir realizador português

“Sinónimo de que estou a fazer um bom trabalho”, disse Luís Agostinho, realizador do filme "The memory of the Stones"

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Luís Agostinho nasceu na cidade da Covilhã em 1972
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O trabalho do realizador português Luís Agostinho será uma das atrações da 17.ª edição do ART&TUR – Festival Internacional de Cinema de Turismo na vila da Lousã, Portugal, entre os dias 22 e 25 outubro.

O júri do Festival atribuiu uma ponderação elevada ao filme “The memory of the Stones”, do realizador Luís Agostinho, o qual passa a integrar a lista dos melhores filmes da 17ª edição deste festival. Todos os filmes que integram a “lista de melhores filmes” serão premiados na Gala de Prémios do Festival ART&TUR Lousã 2024.

Em declarações à nossa reportagem, Luís Agostinho considera que “estar já entre os nomeados é uma vitória. Sinónimo de que estou a fazer um bom trabalho, o que me deixa muito agradado e mais motivado ainda. Já de olhos nos próximos, pretendendo sempre o aumento da qualidade, sobretudo na informação rigorosa que os documentários devem ter”.

Segundo este realizador, o filme “The memory of the Stones” é um olhar diferente para onde muitos já olharam, pois há trabalhos fotográficos, livros e outros registos, que nunca tiveram atenção por parte de qualquer entidade. Neste caso, são duas pessoas de fora da terra que viram o potencial do projeto, como a Franciose Shien e o Luís Agostinho, que são externos à aldeia, viram como poderiam fazer algo diferenciado, onde também se envolvesse gentes locais”.

“Eu olhei para o trabalho desta grande artista francesa, com atividades em Nova York, Londres, Paris, Bruxelas, Brasil, e outros tantos locais, vi que havia matéria para um documentário, aproveitando o olhar expert dela. Juntos resolvemos realizar o filme, que mais tarde a Junta de Freguesia do Louriçal achou por bem submeter a concurso, e, para alegria de todos, recebemos a comunicação de que estamos na lista dos premiados. É uma alegria enorme estar entre as grandes produções que se fazem neste país”, frisou Luís Agostinho sobre o trabalho apresentado à concurso, ressaltando que “o Festival visa premiar os melhores filmes promocionais e documentais realizados em Portugal”.

Currículo internacional

Luís Agostinho nasceu na cidade da Covilhã em 1972. Desde muito jovem que tomou a paixão pela imagem, sonhava poder realizar filmes, e trabalhar na área da publicidade. A sua paixão eram as maquetes, que mais tarde fotografava. Aos 16 anos já realizava serviços profissionais em eventos que decorriam sobre tudo aos fins de semana. Em 1999 larga o mundo do têxteis e inicia-se por conta própria, começa a trabalhar para revistas e jornais, a par das publicidades, documentários fotográficos, design. As noites eram ocupadas em formações na área da informática, programação e desenho. Em 2008 com o mercado de imagem em queda, abre a sua loja de informática. Esteve a laborar até 2014, a par da fotografia, até o mercado o voltar a reclamar a tempo inteiro. Reinventa a fotografia de restauração, e passados poucos meses já tinha grandes restaurantes a seu encargo, como os Dux´s, Loggia, Quinta das Lágrimas, padaria Dias, Club Richemont, entre outros, a par da comida começam a surgir os vinhos, clientes como Carlos Lucas, Licor Beirão, quinta dos Penassais, Quinta do Sobral, Candedo e muitos outros.

Rapidamente começam a surgir convites para atuar no estrangeiro, como na Suíça, França e Espanha, onde se desloca com frequência para realizar trabalhos. Realizou há pouco tempo o catálogo de uma multinacional Espanhola de roupa. Há mais de 16 anos a dar formação na área da fotografia, já formou e organizou centenas de eventos ao longo destes anos. Tal como exposições de fotografia são mais 60 no seu curriculum. Nestes anos, entra também no mundo do cinema, em 2004, como figurante, no Filme “Pascoa”, de Vítor Branco.

Em 2019 começa a realizar um dos primeiros filmes tridimensionais “Covilhã 3D”. Entra como figurante no filme “A traição do padre Martinho”, realizado para a RTP. Como ator num documentário sobre O Jornalista Paulolongo, realizado para a RTP. Outro filme onde tem um forte papel, a Criança Lobo, a estrear brevemente na RTP.

Realizou o filme de Natal “Uma aldeia solidária”. A primeira longa metragem realizada como autor “O segredo das Rochas”. Em 2022, o filme “A Paixão de Cristo”.

Encontra-se a escrever o próximo filme, uma longa metragem que retrata a vida das minas na região da Cova da Beira. Nestes últimos tempos tem dedicado a atenção a filmes documentais para juntas e freguesias e Câmaras Municipais. Entre eles estão Alcaide um sonho de aldeia, Alcongosta terra da Cereja, Casteleiro Casa da Memória, e em produção esta já mais um que irá decorrer ao longo de seis meses na região das piscinas naturais.

Nos últimos meses realizou filmes e documentários ligados à natureza para a Cambridge royal institute nature conservation; Rewilding Europe; Rewilding Portugal.

Ainda no âmbito das suas competências, continua a produzir filmes e fotografias de publicidade para empresas.

Certame de renome

Em parceria com o Turismo Centro de Portugal, a Câmara Municipal da Lousã, o Cine-Teatro da Lousã, e diversas instituições locais, o 17.º ART&TUR, um dos mais reconhecidos festivais de cinema de turismo a nível mundial, está a ser preparado e pretende ser dedicado a temas culturais que incidem no âmbito das humanidades e do património comum, que proponham diferentes desafios no âmbito da promoção cultural e do turismo, envolvendo várias competições em simultâneo, nomeadamente a competição de filmes promocionais e documentários realizados após 1 janeiro 2023, que serão candidatos a: Prémio de melhor filme de turismo mundial (ART&TUR Global); a Prémio para melhor filme nacional (ART&TUR Portugal).

​O Festival ART&TUR faz parte do CIFFT – rede de festivais internacionais de cinema de turismo, uma rede que visa contribuir para posicionar as melhores estratégias de vídeo marketing a nível global reunindo, durante quatro dias, os melhores produtores audiovisuais e especialistas em turismo de todo o mundo.

De acordo com a organização, os motivos para participar no ART&TUR passam por ser um “prémio de referência mundial, com novas tendências nas áreas de turismo, cinema e audiovisual; relações comerciais com a rede mundial ligada ao festival; partilhar o trabalho com outros especialistas e profissionais relevantes; conhecer novos clientes e novos parceiros de negócios; além da possibilidade de aumentar a visibilidade dos filmes, clientes, destinos ou produtos”.

A submissão de filmes para concurso realizou-se, online, até 30 junho, através da plataforma FilmFreeWay. O festival conta com as seguintes 12 categorias: Alterações Climáticas; Ambiente e Ecologia; Arte e Criatividade; Aventuras e Expedições; Cultura e Património; Destinos Turísticos; Desporto e Lazer; Inovação no Turismo; Música e dança; Produtos Turísticos; Questões de Turismo Sustentável; e Serviços Turísticos. ■ 

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