Empresário inova ao estagiar vinho no ponto mais alto de Portugal continental

“A qualidade do vinho melhora”, destacou Paulo Silva, responsável pelo restaurante “A Torre”

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Produtos regionais dividem espaço com esta experiência no campo da enologia
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Ao pensarmos em Portugal, há muitos símbolos que nos vêm à cabeça, mas um deles, com certeza, é o vinho. O país tem uma diversidade excecional de vinhos, desde os encorpados do Porto até os revigorantes vinhos verdes. Mas existe um tipo de vinho diferente, que é produzido no Interior de Portugal, um vinho ainda mais “exótico”, que, após nascer, permanece em circunstâncias únicas.

Na Serra da Estrela, a montanha mais alta de Portugal continental, um empresário local decidiu expor às altas altitudes um vinho específico, produzido na região. O objetivo era descobrir o que aconteceria ao vinho ao estagiar em grandes altitudes?

Paulo Silva, responsável pelo restaurante “A Torre”, empreendimento localizado na Torre da Serra da Estrela, oferece uma grande gama de opções gastronómicas no local, com uma forte aposta nos produtos regionais. Mas, quando perguntado sobre os vinhos, este empresário conta que os vê como “seres vivos”. Talvez tenha sido esta uma das razões que o levou a pensar em submeter uma das bebidas mais tradicionais de Portugal às altas altitudes, adquirindo, assim, características diferentes no ponto mais alto de Portugal continental.

Paulo Silva questiona: “se o ser humano, como um ser vivo, sofre alterações quando sobe a serra, que alterações o vinho terá”? Este responsável pretendia perceber se “o vinho evoluía na sua qualidade ou, pelo contrário, se piorava”. Hoje, Paulo alegra-se em dizer que “o vinho melhora” e descreve o produto que comercializa como “mais redondo, mais aveludado, mais encorpado e mais frutado” após o estágio em altas altitudes, “sendo ideal para acompanhar carnes “com alguma gordura, que é o caso das “chanfanas, do cabrito, das feijocas”, iguarias típicas e bastante apreciadas na região.

O lote do vinho “Quinta da Moitinha – Reserva 2015”, tinto, foi produzido pela Adega Vinolive, com sede no Fundão, exclusivamente para comercialização no restaurante “A Torre”. É fruto da casta Touriga Nacional da região e é vendido a 14.95 euros, se consumido no restaurante, ou a 9,50 euros, se for para venda externa.

“Encomendamos este vinho especificamente para realizar estágio em altas altitudes no nosso restaurante, por isso, não é possível encontrá-lo em outros locais. É um experimento nosso. Posso afirmar que não existe nenhum outro vinho com estas características em Portugal, quiçá, no mundo”, finalizou Paulo Silva. ■

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