Nos últimos anos, Portugal tem surgido no imaginário coletivo como um destino popular para imigrantes de diversas nacionalidades que procuram novas oportunidades de vida. Dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, mostram que este país europeu recebeu um número significativo de imigrantes legais, com mais de 150 mil pedidos de autorização de residência concedidos em 2022, números que confirmam o aumento na imigração, impulsionado por diversos fatores, como o ambiente de negócios favorável, o sistema de saúde de alta qualidade, segurança pública, ensino acessível, empregabilidade e a qualidade de vida que Portugal oferece.
Muitos estrangeiros também procuram obter a nacionalidade portuguesa. Em 2022, mais de 35 mil pessoas foram naturalizadas portuguesas. Porém, o processo de obtenção da nacionalidade portuguesa ou naturalização envolve, na generalidade, o cumprimento de requisitos, como residir legalmente em Portugal por um período específico, demonstrar proficiência na língua portuguesa e cumprir as obrigações fiscais, além de ter laços sanguíneos com o país, como ser filho ou neto de portugueses ou contrair matrimónio com cidadãos lusos. E esta tendência no aumento na aquisição ou na atribuição da cidadania portuguesa demonstra o interesse crescente em se estabelecer em Portugal e desfrutar de todos os benefícios que o país tem para oferecer. E muitos desses “novos portugueses”, que contam já com passaporte encarnado, são naturais do Brasil, de diversas zonas do maior país da América Latina. Além da cultura e da gastronomia, há outras trocas que os dois países podem impulsionar através do fluxo de pessoas entre as duas nações. Para já, Portugal ganha ao contar hoje uma sociedade multicultural e diversificada, o que enriquece a vida e a economia do país.
Mas nem tudo é um “paraíso” nesta questão. Embora seja um processo possível, obter a nacionalidade portuguesa pode ser desafiador devido a diversas dificuldades e requisitos rigorosos. Além dos requisitos apresentados, o processo pode ser moroso e burocrático, com longos prazos de espera para a análise dos pedidos. E quando este processo parece não ter fim, o apoio de pessoas e empresas especializadas no tema pode ser fundamental. É este o caso de Fábio Vallois Infante Knauer, que criou a empresa luso-brasileira “Aliança Portuguesa”, que conta com serviços como “pesquisas de certidões no Brasil e em Portugal, cidadania portuguesa e vistos”. A atuação desta organização acontece em todo o território português, com escritórios em Lisboa e em todo Brasil. A sede está localizada em São Paulo. E a sua história começa já como um bom exemplo de união entre os dois países e amor pelas raízes. Após ter uma experiência negativa com empresas de assessoria para a obtenção da cidadania portuguesa, Fábio decidiu dar um novo passo adiante. Hoje, ajuda as pessoas a realizarem os seus sonhos, tal como a sua família realizou.
“Em 2018, pensei em deixar o Brasil por vários motivos, mas não sabia exatamente como deveria fazê-lo. Soube que o meu sogro era neto de portugueses e enxerguei nessa informação uma oportunidade de sair do meu país de uma maneira legal. Porém, eu não tinha a clareza de como fazer, quanto custaria, quais seriam os passos. Certa vez, estava num centro comercial com a minha esposa e os meus filhos e vi um escritório que tratava de processos de cidadania. Entrei no local e conversei com o atendente. Infelizmente, fui muito mal atendido. Deixei o escritório, fiz uma pesquisa e descobri que aquela empresa que eu procurei era uma das primeiras a aparecer nas pesquisas na Internet. Tive outra má experiência com uma segunda empresa. E pensei: se essas empresas com destaque atendem assim as pessoas, possivelmente estariam a tratar outras famílias da mesma forma. E, assim, vislumbrei uma oportunidade de negócio”, comentou Fábio, que acredita que, no que toca aos procedimentos e à documentação para a a obtenção da nacionalidade portuguesa, muitos lusodescendentes, estão, de facto, “abandonados”.
Para Fábio, a burocracia envolvida neste tipo de serviço surgiu no horizonte como um cenário que poderia ser ultrapassado. Documentos, certidões, entre outros, seriam tratados por alguém que conhece essas dores e tem a pretensão de ajudar as famílias. Tornou-se, então, numa verdadeira missão de vida.
“Criamos a “Aliança Portuguesa” em 2020. E, desde então, estamos consolidando, construindo uma marca, uma empresa. Atuamos num modelo de maratona com muita tranquilidade para tomarmos decisões de forma tranquila, sempre pensando a longo prazo. A nossa ideia não é ser uma empresa que existe hoje e não existe amanhã, queremos construir uma história. Precisamos oferecer um grande ecossistema que abrace as pessoas de uma forma completa para que possam estar tranquilas em relação a todo o processo dessa jornada. Hoje, evoluímos. Oferecemos desde assessoria para a compra de bilhetes aéreos, vistos de estudos, procura de trabalho, nómadas digitais, D7 – aposentados ou reformados e quem possui renda passiva, e assessoria para a obtenção da nacionalidade portuguesa, além da recente abertura da empresa “Minha Morada”, imobiliária portuguesa que auxilia estrangeiros e portugueses na aquisição de um imóvel para arrendamento e/ou compra”, frisou Fábio.
Responsável pela empresa, Fábio Knauer é natural do Rio de Janeiro, Brasil, mas viveu muitos anos em São Paulo. Confessa amar Portugal. É filho de professores de matemática. Sublinha que o que de melhor aprendeu na vida não foi lidar com os números, mas, sim, o dever de se “preocupar com as pessoas mais do que se preocupar consigo mesmo”. É casado com Taísa e é pai do Levi e do Miguel. O cuidado com a sua família faz com que cada processo que lhe passa pelas mãos carregue consigo um sentimento de “familiaridade”, ou seja, por conhecer as dificuldades e os entraves para realizar o sonho das pessoas que querem viver em Portugal, Fábio utiliza a empatia e o conhecimento técnico para auxiliar nessa jornada. Mas recusa influenciar nas decisões das famílias com falsas informações ou a oferecer facilidades que não existem, que não fazem parte da realidade. Este responsável costuma afirmar que a empresa “Aliança Portuguesa” é algo que começa e não termina, por isso, todas as pessoas que entram na “Aliança Portuguesa” devem ser muito bem tratadas para não saírem nunca mais”.
“O processo de mudança e a adaptação ao país não são fáceis. E não há nenhuma fórmula mágica que facilite o percurso. Toda mudança deve ser planeada e o modo de vida no estrangeiro, também. Apesar disso, o sentimento que eu tenho de cuidado, de proteção com a minha família, é exatamente o mesmo sentimento que eu tenho com cada família que nos contacta. Acredito que ninguém deseja aquilo que não conhece e existem milhões de famílias que têm direito de poder viver em segurança, viver num país com um povo maravilhoso, que é Portugal, com uma culinária incrível, com uma educação muito boa também, e que não sabem que têm esse direito. Então, hoje eu costumo dizer que a “Aliança Portuguesa” é a minha vida e que o mais urgente, em primeira instância, é levar essas informações para as pessoas, com foco em quem não têm o vínculo sanguíneo e apresentar-lhes a oportunidade de viver em Portugal, de trabalhar em Portugal, produzir, fazer com que esta nação cresça e se desenvolva, porque necessita muito de boas pessoas. Então, quando eu vejo uma família que sonha em viver em paz, sempre lhes ofereço a oportunidade de viver em Portugal”, finalizou Fábio Knauer.
A “Aliança Portuguesa” promete “resgatar e perpetuar os vínculos com Portugal, bem como explorar a forma como estas conquistas impulsionam o desenvolvimento social e económico do país”. Pelo Youtube, no canal @aliancaportuguesaoficial, Fábio procura focar nos assuntos que mais interessam às pessoas que enxergam Portugal como a sua próxima casa. ■