“Acho um equívoco o governo brasileiro não considerar o Hamas uma organização terrorista”, criticou Teresa Bergher, vereadora portuguesa no Rio de Janeiro

“Estarei aberta à participação em todas as agendas dirigidas à paz na região”

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Teresa Bergher, durante caminhada de apoio a Israel em Copacabana
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A vereadora Teresa Bergher, que atua na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Brasil, tem manifestado o seu repúdio aos atos terroristas liderados pela organização Hamas em Israel. Nos últimos dias, esta responsável, que é autora da Lei que criou o Memorial às Vítimas do Holocausto, na cidade maravilhosa, tem participado em iniciativas de apoio a Israel. Neste seu quinto mandato, Teresa Bergher, que é natural da freguesia de Mareco, no concelho de Penalva do Castelo, distrito de Viseu, região Centro de Portugal, e que está na política do Rio há mais de 35 anos, sublinha que o Hamas “não representa o povo palestino”.

“Após a barbárie praticada pelos terroristas do Hamas, que violaram a soberania de uma nação democrática, mataram bebés, violaram mulheres, violentaram crianças e idosos, além de sequestrarem civis e soldados israelenses, vejo com muita preocupação a situação naquela região. O Hamas não representa o povo palestino, ao contrário, subjuga-o à sua tirania. A Autoridade Palestina, que tem como presidente Mahmoud Abbas, é a sua representante”, disse a vereadora portuguesa em atuação no Rio.

Teresa Bergher, que é professora e foi subprefeita de Copacabana e administradora regional da Maré, considera que a comunidade judaica no Rio de Janeiro está a reagir ao cenário de conflitos em Israel “com muita angústia e preocupação”, pois “boa parte das famílias judias, que moram no Rio, tem parentes e amigos em Israel”.

Esta responsável tem defendido no âmbito político e pessoal o direito de Israel se defender dos ataques do Hamas.

“A minha posição é de solidariedade e apoio ao Estado de Israel, que tem todo o direito de se defender, além de repúdio total ao horror praticado pela organização terrorista Hamas. Venho usando a Tribuna da Câmara Municipal do Rio de Janeiro nas minhas manifestações, além de fazer o mesmo na imprensa e nas mídias sociais. (…) Muitos vereadores no Parlamento municipal carioca acompanham a minha posição de solidariedade ao Estado de Israel e repúdio ao terror”, avançou Teresa Bergher, que, no último dia 15 de outubro, participou numa caminhada na orla de Copacabana, Zona Sul carioca, que contou com a presença de milhares de pessoas, “judias e não judias, numa manifestação pela paz, solidariedade ao Estado de Israel e repúdio ao terror”.

Sobre o posicionamento do Brasil perante o caos instalado em Israel, esta vereadora acredita que “o Brasil vem fazendo o seu papel”, tendo “condenado o terrorismo”, porém, lamenta que o país não considere o Hamas um grupo terrorista.

“O Brasil vem resgatando, através de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), brasileiros que se encontram em Israel, além de se empenhar junto à ONU, que nada resolverá. Entretanto, acho um equívoco o governo brasileiro não considerar o Hamas uma organização terrorista”, criticou Teresa Bergher, que classifica a sua ligação com a comunidade judaica no Brasil como “de total integração”.

“Espero que a organização terrorista Hamas seja derrotada no conflito que criou. Que possa finalmente existir paz naquela região e, quem sabe, que possa ser criado o estado palestino com fronteiras seguras para o Estado Israel. O momento é de muita expetativa, mas estarei aberta à participação em todas as agendas dirigidas à paz na região. Que prevaleça a solidariedade entre povos e nações”, reforçou Teresa Bergher.

Na política brasileira, Teresa Bergher aposta na promoção de Portugal no Brasil ao organizar, todos os anos, a tradicional celebração do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o famoso 10 de junho, na Câmara Municipal carioca, evento que reúne dezenas de nomes reconhecidos do cenário político, empresarial, social, folclórico, artístico e cultural dos dois países.

É autora da Lei que criou o Memorial às Vítimas do Holocausto, inaugurado no bairro de Botafogo, no Rio, em janeiro deste ano, com entrada livre. O museu retrata, com experiências imersivas, a rotina de judeus antes, durante e depois dos horrores da Segunda Guerra Mundial.

“Sou a autora da Lei que criou o Memorial, não deixando morrer o sonho do meu querido e falecido marido, deputado Gerson Bergher. (…) A luta contra o preconceito, a xenofobia e a intolerância são uma forte presença no meu mandato”, finalizou Teresa Bergher. ■

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