Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro do Rio de Janeiro celebrou centenário com palavras de apoio de Marcelo Rebelo de Sousa

Entidade promove cultura, gastronomia e folclore de Portugal no Brasil

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Sessão solene reuniu diversas autoridades
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“Chegamos ao centenário desta instituição com muito trabalho, mas com a sensação de dever cumprido”, afirmou Ismael Martins Loureiro, presidente da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro do Rio de Janeiro, Brasil, durante a Sessão Solene que celebrou os 100 anos de fundação desta entidade, no dia 28 de julho.

O evento, que contou com a presença de diversas autoridades e membros do movimento associativo português no Brasil, ficou marcada também pela mensagem, em vídeo, do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que destacou a “importância da instituição e o seu trabalho em prol da cultura, tradição e união dos povos”, além de ressaltar a “dedicação de todos os que contribuíram para tornar a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro um espaço que atravessa gerações e continua a ser um farol para a nossa comunidade”.

“(…) a minha fala é de agradecimento. (…) Agradecer à mensagem honrosa do Exmo. Sr. Presidente da República Portuguesa, Prof, Dr. Marcelo Rebelo de Souza. Lindas palavras de incentivo. Aos fundadores desta instituição lá em 27 de julho de 1923, por um punhado de transmontanos abnegados, que com saudades das suas terras fundaram o Centro Trasmontado, para viveram a cultura, a gastronomia e o folclore português. Mais tarde mudaram o nome para Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro”, explicou Ismael Loureiro.

Apesar do clima de celebração, este responsável comentou que “o período da pandemia mundial de coronavírus foi, para a nossa instituição, e não só, muito cruel. Gastamos as nossas reservas financeiras. Recorremos a amigos especiais que, com a sua colaboração, mesmo que modesta, de grande valia, conseguimos pagar as nossas obrigações”. Mas um “alívio” para as associações portuguesas, continuou Ismael Loureiro, “veio pelo trabalho do vereador Rafael Aloisio Freitas que, com o apoio da Deputada e Delegada Martha Rocha e do Deputado Federal Marcelo Calero, propuseram uma Lei Municipal para isentar do IPTU (equivalente ao IMI em Portugal) as casas regionais portuguesas”, ressaltando o papel de Gilberto Filho, “pelo trabalho e dedicação em fazer o entrelaçamento dos presidentes das casas regionais e do vereador Rafael Freitas”.

A sessão foi presidida pela Cônsul-Geral de Portugal no Rio de Janeiro, Gabriela Soares de Albergaria, e teve como Orador Oficial o Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Boticas, Fernando Campos. Contou, ainda, com a presença dos presidentes das Câmaras Municipais de Valpaços, Amílcar Almeida, e de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, bem como do presidente do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas, Flávio Alves Martins, e dos Conselheiros das Comunidades Portuguesas, Maria Alzira Leal da Silva e Ângelo Horto. A mesa de honra contou ainda com o Secretário Municipal da Cultura do Rio de Janeiro, Marcelo Calero, em representação do prefeito do Rio, Eduardo Paes, a deputada estadual do Rio de Janeiro, Marta Rocha, o vereador Rafael Aloisio Freitas, do Rio, Francisco Gomes da Costa, presidente da Associação Luís de Camões, José Queiroga, provedor da Venerável Irmandade da Igreja de Sto. Antônio dos Pobres e N.S. dos Prazeres, entre outros nomes.

Acompanhe abaixo as palavras do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro do Rio de Janeiro:

A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, localizada no bairro da Tijuca, zona Norte carioca, tem como missão “manter vivos os costumes da Região Trasmontana de Portugal, com a sua culinária típica da região e apresentações dos seus grupos folclóricos, Guerra Junqueiro e mirim Lima Abreu, que, com a sua arte, levam o folclore trasmontano ao povo brasileiro”.

Foi fundada em 1923 como “Centro Trasmontano” com o ideal de “congregar os filhos da província de Trás-Os-Montes, divulgando a pátria, difundindo essa história por meio de palestras, conferências, publicações e organizando uma biblioteca constituída de autores trasmontanos”, fazendo nascer a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Em 1963, a entidade recebeu o título de Instituição de Utilidade Pública. A Casa teve na sua história sedes em oito moradas pelo Centro do Rio de Janeiro, e, finalmente, chegou à Av. Mello Matos, Tijuca, onde se encontra até hoje com sede própria. ■

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