Países lusófonos terão banco de dados comum inédito no âmbito do comércio exterior

Iniciativa é fruto de um protocolo assinado entre a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior e a Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

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“A FUNCEX Europa conseguiu, com este evento, dar mais um passo na sua finalidade de desenvolver relações com a CPLP”, afirmou Higor Ferro Esteves, diretor geral da FUNCEX Europa
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O espaço económico da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai contar em breve com o maior banco de dados de comércio exterior alguma vez já produzido. É o que assegura Higor Ferro Esteves, diretor geral da FUNCEX Europa, entidade localizada em Portugal, e que serve de base de atuação, no velho continente e na África, da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior – FUNCEX, com sede no Brasil. Nelma Fernandes, presidente da Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP), é uma das impulsionadoras desta solução que promete dar maior qualidade às conexões comerciais das nações lusófonas.

O projeto foi anunciado no último dia 24 de abril em Lisboa, durante um evento que discutiu as “Relações Comerciais – Brasil – CPLP” e que foi organizado pela FUNCEX, em parceria com a CE-CPLP e o banco português Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras. Esta iniciativa decorreu no âmbito da Cimeira Luso-Brasileira e teve como intuito “fortalecer as relações comerciais e de cooperação entre o Brasil e a CPLP”.

Bruno Gutman, Antônio Pinheiro e Flávio Lara Rezende

Segundo apurámos, o banco de dados vai surgir fruto de um protocolo assinado entre a FUNCEX e a Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e vai possibilitar cruzar os dados comerciais dos nove países aderentes à CPLP. A ideia é fomentar o comércio dos Estados-membro da CPLP entre si e com outros países.

“O evento foi muito positivo. Tivemos a presença de empresários e instituições do Brasil, de Portugal e dos demais países lusófonos. O protocolo assinado foi de fundamental importância, pois será possível identificar os produtos que poderão ser comercializados com maior potencial de sucesso económico. Pretendemos fomentar a comercialização de bens e serviços através de uma importante ferramenta de análise de oportunidades de negócios, que será conhecida como ‘COMEX Data CPLP’”, avançou Higor Ferro Esteves.

Novas ações

Antônio Pinheiro, presidente da FUNCEX

Este responsável sublinhou ainda que a iniciativa, que decorreu em Lisboa e que serviu também para ressaltar a relevância do papel do Brasil nessa comunidade, contou com a presença de especialistas e autoridades, como Nelma Fernandes, presidente da Confederação Empresarial da CPLP; Manuel Guerreiro, presidente da Câmara de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras e administrador da Agrimútuo; Walter Baère, diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social do Brasil; além de Flávio Lara Rezende, presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), Daniel Coêlho, presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (FENACON), Ana Correia, presidente da Câmara de Comércio da Região das Beiras, e Augusto Senna, Chief Commercial Officer (CCO) na BMV Global | ESG, entre outros nomes.

“A FUNCEX Europa conseguiu, com este evento, dar mais um passo na sua finalidade de desenvolver relações com a CPLP”, afirmou Higor Ferro Esteves.

Por sua vez, António Pinheiro, presidente da FUNCEX, disse que a parceria com a Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa é “fundamental” no processo de internacionalização da Fundação que preside e que um dos objetivos da entidade é “estabelecer conexões ainda mais profundas com a CPLP, tendo como parceira fundamental a CE-CPLP, uma organização fundada em Lisboa em 2004 e que visa incentivar a cooperação económica entre os Estados-membros com foco nos seis espaços económicos onde estão inseridos”.

“E se é na língua portuguesa, e na cultura comum, que temos o nosso principal ativo, enquanto membros da CPLP, é importante também avançarmos, a exemplo do que já tem sido feito, no sentido de estabelecermos condições sociais, económicas e comerciais que tornem este grupo ainda mais forte, mais integrado, mas representativo e capaz de promover uma nova dinâmica não só entre os seus pares, mas também com outras nações”, finalizou António Pinheiro. ■

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