“A construção de gasodutos é a alternativa mais imediata, rápida, confiável e com capacidade de movimentar grandes volumes para conseguir suprir a crise de abastecimento de hidrocarbonetos na Europa”, defendeu, nos últimos dias, Paulo Roberto Gomes Fernandes, presidente da empresa que é considerada a detentora das melhores tecnologias e metodologias na construção de gasodutos especiais no Brasil e também ex-funcionário da empresa petroleira brasileira Petrobras.
Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, a Europa passou a enfrentar problemas no abastecimento de gás e os países se veem ameaçados com a chegada do frio. De acordo com este engenheiro, presidente da Liderroll, a criação desses dutos poderia “acalmar os ânimos e remover algumas vantagens logísticas e até bélicas de uma nação sobre a outra”.
Segundo Paulo Fernandes, foi necessário “estar passando por uma operação especial coordenada de intervenção militar de um país sobre outro país para que as autoridades que compõem alguns governos pudessem enxergar o que muitos ainda não se deram conta, que é a necessidade de ser ter um planeamento para uma boa malha de dutos, tanto interna nos seus próprios países como em parceria com os seus países vizinhos ou grandes polos produtores”.
Este especialista comentou ainda que a construção desses sistemas de abastecimentos pode ser imediata, “pois seria possível aproveitar estruturas portuárias já existentes nos países”, e disse “ter tudo na mão” para iniciar os projetos.
O objetivo seria criar uma rede de gasodutos, oleodutos ou aquedutos a fim de tornar subsistente os países que enfrentam dificuldades de abastecimento, pois trata-se de uma condição “geopolítica mandatária para a segurança e manutenção da vida de qualquer povo”, finalizou Paulo Fernandes.
Segundo apurámos, este responsável está a manter conversações com países europeus, incluindo Portugal, para avançar com a construção de dutos desde as Américas “a fim de proporcionar alternativas à dependência de recursos energéticos apenas de nações europeias ou de países próximos ao velho continente”. ■