Luís Inácio Lula da Silva foi eleito, na noite de domingo, dia 31, presidente do Brasil com uma diferença histórica de votos em relação ao seu oponente, o atual presidente Jair Bolsonaro, que não logrou a reeleição.
Lula recebeu 59.596.247 votos (50,83%), enquanto que Bolsonaro somou 57.675.427 (49,17%). O novo presidente assumirá o país em janeiro depois de receber uma diferença de cerca de menos de dois milhões de votos. Houve 1.756.920 (1,43%) votos brancos, 3.902.883 (3,16%) votos nulos e 31.921.730 (20,55%) abstenções.
Nas ruas do Brasil existe um misto de alegria entre os eleitores do Partido dos Trabalhadores e denúncias de fraudes por conta da campanha de Bolsonaro. A Avenida Paulista, em São Paulo, contava com a presença de grupos pró-Bolsonaro e a favor de Lula.
“Metade da população brasileira votou em Bolsonaro, Lula não nos representa”, disse uma
manifestante no Rio de Janeiro.
Por sua vez, apoiadores de Lula celebraram e sublinharam que “o Brasil vai mudar com Lula”.
Especialistas políticos também estão divididos. Há os que defendem que Lula “derrubou” o
bolsonarismo, mas que terá “dificuldades para governar já que o Congresso Nacional tem
maioria composta pelos partidos adeptos do presidente da República”. Outros grupos
acreditam que embora tenha recebido menos votos, Bolsonaro “venceu as eleições e teve uma prestação bastante grande nesta segunda volta”.
Militantes bolsonaristas, já na reta final da apuração dos votos, acamparam em frente à casa do atual presidente do Brasil no Rio de Janeiro, prestando-lhe apoio. Fontes ligadas à
campanha de Bolsonaro sugerem que poderá haver um pedido de “revisão e auditoria” aos
votos. ∎