Ricardo Cravo Albin organiza evento que celebra o bicentenário da independência do Brasil no Rio de Janeiro

Missa Solene de Abertura do Bicentenário da Independência do Brasil será no palco do Theatro Municipal do Rio

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Ricardo Cravo Albin
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O Instituto Cultural Cravo Albin e a Fundação Carlos Chagas de Auxílio à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), junto ao Santuário Cristo Redentor, realizam no dia 2 de setembro, às 11h, a Missa Solene de Abertura do Bicentenário da Independência do Brasil no palco do Theatro Municipal do Rio, com a primeira exibição mundial da obra sacra escrita pelo Herói Libertador Pedro I, agora revelada em livro inédito e gravações históricas (17 peças musicais acessadas por QR Code e CD incluídos no livro), que serão lançados durante o evento, antes da Missa, às 9:30h, no Salão Assyrius, pelo Presidente da FAPERJ, professor-doutor Jerson Lima.

A Missa, que será celebrada pelo Reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar Raposo, será ao som do Coro da Princesa, coral oficial do Cristo Redentor, que apresentará músicas compostas por D. Pedro I.

O livro, da Editora Batel, capa dura e fartamente ilustrado com gravuras de época, apresenta oito ensaios inéditos coordenados por Mary del Priore, curadora convidada especialmente pelo Instituto, que escolheu os seguintes autores: Arno Wehling, Bruno da Silva Antunes, Isabel Lustosa, Paulo de Assunção, Paulo Rezzutti, Ricardo Cravo Albin e Rosana Lanzelotte, além dela própria, e textos de Giovanni Codeça.

Para Ricardo Cravo Albin, idealizador do projeto, o imperador-compositor Pedro de Alcântara nasceu no Palácio de Queluz (onde morreria 34 anos depois), em 12 de outubro de 1798, filho do príncipe Dom João VI e da princesa espanhola Carlota Joaquina de Bourbon.

O Príncipe herdeiro com nove anos de idade já se bandeava para os folguedos musicais, começando a se interessar pelas músicas que ouvia nos saraus da corte e nas brincadeiras de rodas com os amiguinhos no Paço. Adorava qualquer tipo de música.

Criador do livro “Pedro I Compositor Inesperado”, Cravo Albin nega que Pedro I tenha sido um boêmio todo o tempo. O fascinante personagem, que tinha uma atração irrefreável para a música, foi aluno de três notáveis compositores que se encontrariam no Rio no primeiro quartel do século XIX: o carioca padre-mestre, e considerado por historiadores o mais importante de todos, José Maurício Nunes Garcia, o lisboeta Marcos Portugal, que já conhecera Pedro em Lisboa e o austríaco Sigismund Neukomm. O italiano Adriano Balbi que publicou em Paris (1822) o livro Ensaio Estatístico sobre o Reino de Portugal e Algarves, anotou que “Sua Alteza Real o príncipe do Brasil possui extraordinário talento musical e compõe com gosto e felicidade, toca vários instrumentos, entre outros o fagote, trombone, flauta e até violino, além da clarineta”.

Ricardo explica que este livro é o resultado de um levantamento feito pela primeira vez no Brasil sobre Pedro I como compositor e herói binacional pelo Instituto Cultural Cravo Albin, onde foram encontradas 20 composições entre missas, credos e obras para a Igreja. Há suposições, afirma Ricardo, de que existam outras composições destinadas a Marquesa de Santos. Ricardo chegou a ir à Lisboa para achar estas composições, mas nada foi encontrado.

“Há hipóteses de terem sido escritas por Pedro I modinhas de amor inutilizadas pela Censura dos Guardiões da moral da época”, informou Ricardo.

Esta celebração será acompanhada por duas mil pessoas, total da lotação do Theatro Municipal. ■

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