O presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, está no Brasil no âmbito de uma visita oficial aquele país da América do Sul.
Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao Rio de Janeiro na madrugada deste sábado, dia 02 de julho, onde foi recebido no aeroporto António Carlos Jobim (Galeão). Pelas 12h15, horário local brasileiro, este chefe de Estado português participou numa Sessão Comemorativa do Centenário da Travessia Aérea do Atlântico Sul no 1º Distrito Naval, na Orla Prefeito Luiz Paulo Conde, no Rio de Janeiro, onde foram executados os hinos nacionais dos dois países e onde também decorreu uma intervenção do Comandante do Primeiro Distrito Naval, Vice-Almirante Eduardo Machado Vasquez. O presidente português discursou e recordou a importância do tema. Por fim, houve o descerramento de uma Placa Comemorativa do Centenário da Travessia Aérea do Atlântico Sul.
Marcelo Rebelo de Sousa fez a viagem até ao Brasil pela TAP Air Portugal a bordo de uma aeronave de última geração, o A330Neo, que procurou recriar o voo histórico de Gago Coutinho e Sacadura Cabral de 100 anos atrás.
“Cem anos depois, a TAP completou a mesma viagem, mas sem paragens, em cerca de oito horas, numa aeronave contemporânea”, disse a companhia de bandeira portuguesa.
Este voo especial, fruto de uma parceria entre a TAP e a Comissão Aeronáutica para a Comemoração do Centenário da Travessia Aérea, da Força Aérea e da Marinha, contou com a presença do presidente da República portuguesa, da CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, do presidente da TAP, Manuel Beja, e de outras autoridades portuguesas.
O ponto seguinte da programação contou com uma receção à comunidade portuguesa no Rio de Janeiro no Palácio São Clemente, residência oficial da cônsul-geral de Portugal no Rio, Gabriela Albergaria.
À tarde, Marcelo Rebelo de Sousa embarcou para São Paulo, onde participou na abertura Oficial da 26.ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo que, este ano, homenageia Portugal. O espaço irá contar com várias atividades e iniciativas de promoção da cultura, da literatura e das tradições portuguesas no Brasil.
Polémica em torno da visita
Um dos pontos que têm sido muito abordados pela imprensa brasileira e portuguesa tem que ver com o facto de que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, desmarcou um encontro com o seu homólogo português. Fontes em Brasílias, ligadas ao gabinete da presidência da República, indicaram à nossa reportagem que essa atitude de Bolsonaro se prende com o facto de que o presidente português teria aceite reunir com alguns ex-presidentes brasileiros, incluindo Luís Inácio Lula da Silva, compromisso que não “teria sido bem visto por parte do executivo federal brasileiro”.
Em declarações à imprensa, Marcelo Rebelo de Sousa preferiu tratar o tema com pouco foco nas relações entre Brasil e Portugal e mencionou que há questões políticas que podem ter influenciado na decisão de Bolsonaro, como a posição de Portugal em apoiar a Ucrânia no conflito com a Rússia, o que, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, não foi a mesma postura adotada pelo Brasil.
Membros da comunidade portuguesa em solo brasileiro dividem-se. Alguns apoiam as palavras de Marcelo, outros contestam as falas do presidente luso e afirmam que o encontro de Marcelo com Lula pode ser uma “influência direta nas eleições presidências brasileiras”, que decorrem em outubro, e que, para já, colocam frente a frente Jair Bolsonaro e o líder do Partido dos Trabalhadores (PT).
Clima de explicações
Durante entrevista aos órgãos de comunicação social, Marcelo Rebelo de Sousa disse que “quem convida para almoçar é que decide se quer almoçar ou não. Se o presidente da República Federativa do Brasil entende que não pode, não quer, não é oportuno, que não entra na sua programação… eu respeito quem convida deixar de convidar pelas razões que queira, por inoportunidade política, pessoal”.
“Eu entendo que há questões políticas. Portugal é aliado da Ucrânia, Brasil não”, acrescentou o presidente de Portugal, que adiantou que “o almoço é uma questão que não constava no primeiro programa da ida ao Brasil. É possível o almoço, tudo bem. Não é possível, ninguém morre”.
O presidente de Portugal sugeriu ainda que “a reunião com Lula é um compromisso com o ex-presidente, não com o candidato e que também vai se reunir com Michel Temer e tentar encontrar Fernando Henrique Cardoso”, em virtude de serem “personalidades que marcaram muito as relações entre Portugal e Brasil”.
Marcelo Rebelo de Sousa deixou claro, porém, que “o atrito com Bolsonaro não muda em nada as relações dos dois países”, pois as “relações entre Portugal e Brasil são entre povos”. ■
Parabéns Presidente Bolsonaro.
Quem convive com ladrão é ladrão.
Temos enfim um Presidente que sabe colocar as coisas nos devidos lugares então se dobra pelo “politicamente correto”, e a falsidade.