“Missão Piloto” mostrou ao Brasil as potencialidades do Agronegócio na região das Beiras

Esta missão contou também com o apoio da SCS, Agrobrain, PRTE - Tecnologia e Soluções e Hotel Alambique de Ouro Resort & Spa

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Diretores do Instituto BioSistêmico (IBS) do Brasil estiveram em Portugal
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A Câmara do Comércio da Região das Beiras (CCRB) foi uma das promotoras, entre os dias 22 e 27 de maio, da primeira Missão AgTech 2022, que teve lugar na região Centro de Portugal, com foco nas Beiras. O objetivo desta iniciativa foi apresentar as potencialidades desta região no campo do agronegócio, estabelecer parcerias institucionais, gerar Networking entre os participantes da Missão, bem como conhecer as melhores práticas nos centros de investigação de excelência no Agro na região das Beiras, além de se destacar por ter sido um evento de negócios, tecnologia e inovação na área do Agro.

Esta missão, que contou também com o apoio da SCS, Agrobrain, PRTE – Tecnologia e Soluções e Hotel Alambique de Ouro Resort & Spa, teve como participantes membros do Instituto BioSistêmico (IBS) do Brasil, com sede em Piracicaba, no Estado de São Paulo, e com escritórios de projetos em Campo Grande, no estado do Mato Grosso do Sul; Londrina, no Paraná; Natal, no Rio Grande do Norte; e Pombal, em Pernambuco. Este instituto brasileiro atua no sentido de proporcionar soluções e prestar serviços para a agricultura sustentável e o desenvolvimento.

Roteiro imersivo

Reunião na Câmara Municipal de Celorico da Beira

O programa, que integrou a equipa da CCRB, da PRTE – Tecnologia e Soluções e do IBS, contemplou, no dia 23 de maio, uma visita ao concelho de Idanha a Nova, onde foi possível reunir com o presidente da Câmara Municipal, Armindo Jacinto. Houve espaço ainda para conhecer o trabalho realizado pela empresa luso-brasileira Vera Cruz Ventures, além de visitas ao concelho de Castelo Branco, onde o grupo conheceu as instalações da InovClouster, da CATAA – Associação Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar de Castelo Branco, do Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior (CBPBI) do Instituto Politécnico de Castelo Branco e da Fábrica da Criatividade.

No dia seguinte, 24, esta comitiva esteve no concelho do Fundão, onde foi recebida pelo vereador Pedro Neto, responsável pelas áreas do Desenvolvimento Rural, Agricultura e Florestas; Avaliação, Monitorização e Auditoria – Observatório Municipal; Urbanismo; e Modernização Administrativa e por Marta Couto, responsável pelo Clube de Produtores. Neste município, os integrantes da Missão visitaram o Centro de Negócios e Serviços – Move To Fundão, a Incubadora, o FabLab, o Pomar Santa Clara – Catrão e a Quinta Experimental do Seminário do Fundão. Houve também visitas à Queijaria Damar e à empresa Sabores da Gardunha. Para conhecer o processo de fabrico de azeite, houve uma visita à Cooperativa de Olivicultores do Fundão e o dia terminou na Adega Cooperativa do Fundão com uma prova de vinhos e degustação dos produtos desta região da Cova da Beira.

Visita à UBIMEDICAL

No dia 25, o roteiro contemplou o concelho de Cantanhede, onde houve reunião com António Albuquerque, diretor de Desenvolvimento Económico e equipa. As instalações do Biocant Park, da empresa FrutiTaipina e a Qanali Higt Tech Solution receberam, igualmente, os visitantes brasileiros e portugueses.

Dia 26, o grupo visitou a Quinta dos Termos, no concelho de Belmonte, onde os participantes conheceram o centro histórico dessa localidade, além do Castelo, e puderam saber mais detalhes sobre a história de Pedro Álvares Cabral. De seguida, subiram a Serra da Estrela, onde almoçaram no restaurante A Torre. Na continuação da programação, o destino foi o concelho de Celorico da Beira, onde conversaram com Carlos da Fonseca Ascensão, presidente da Câmara Municipal local. Nesta vila, os integrantes da Missão tiveram acesso a uma exposição alusiva ao centenário da proeza de Sacadura Cabral e Gago Coutinho, que cruzaram o Atlântico, entre Portugal e Brasil, a bordo do Hidroavião Lusitânia, num marco histórico, pois foi a primeira travessia do Atlântico num avião. Ainda em Celorico da Beira, houve uma visita à Casa Agrícola dos Arais, onde os visitantes puderam ver o processo de fabrico do Queijo Serra da Estrela e viram a famosa planta por trás do “nascimento” desta iguaria, o famoso Cardo, ou Cynara cardunculus, tradicional cardeiro, cuja flor é cortada e seca para a produção de cardo que é utilizado para o leite coalhar e dar origem ao verdadeiro Queijo Serra da Estrela. A visita terminou no Solar do Queijo, onde aconteceu uma degustação de produtos regionais.

Olhares atentos no Instituto Politécnico de Castelo Branco

No último dia da visita, 27, o grupo esteve na Covilhã, numa programação que incluiu uma visita técnica à Universidade da Beira Interior (UBI), com foco na unidade UBIMEDICAL, “que promove a transferência de tecnologia entre o meio científico/universitário e o meio empresarial”.

O almoço de despedida foi oferecido pela Junta de Freguesia do Tortosendo, no concelho da Covilhã.

Logo no início da programação, ainda no dia 22, os integrantes da Missão foram recebidos, no início da noite, no Fundão, no restaurante do Hotel Alambique de Ouro Resort & Spa, pelo presidente da Câmara Municipal do Fundão, Paulo Fernandes; pelo vereador Pedro Neto, pelo presidente da RUDE, Carlos Pinto; pela presidente da direção da InovClouster, Patrícia Coelho, pela diretora executiva Christelle Domingos, também da InovClouster; pela Câmara Municipal de Castelo Branco; por Pedro Rodrigues, CEO da ASSEC Consultores, por Pedro Renan, CEO da PRTE, além de parte dos integrantes dos órgãos sociais da CCRB e do diretor de Comunicação e Marketing do hotel citado acima e vice-presidente da CCRB, João Morgado.

Experiência “positiva”

Instalações da InovClouster

Esta extensa programação agradou os participantes, que vislumbram oportunidades de negócios e trocas de experiências entre os dois países.

FabLab

“Fiquei surpreso com a nossa vinda cá. Já tínhamos em mente fazer uma missão técnica em outros países, e então surgiu esta oportunidade de virmos para Portugal. Nos surpreendemos muito com este país, até porque, nenhum de nós conhecia Portugal sob o ponto de vista produtivo, económico. Trabalhamos com a área da agricultura e pecuária e nos surpreendemos com a capacidade organizativa e de infraestrutura existentes. Voltamos para o Brasil sabendo que Portugal tem esta característica para além daquelas que conhecíamos enquanto turistas. Certamente, vamos amadurecer a ideia de criar sinergias, afinal, o Brasil é um país com grandes oportunidades e tem um apelo enorme na produção agropecuária e ambiental e os portugueses também têm essa preocupação de produzir com qualidade e com o mínimo impacto ambiental. São visões sinérgicas e que possibilitam que possamos construir projetos conjuntos para implementar nos dois países”, defendeu Ricardo Cerveira, diretor na IBS.

Agronegócio em destaque

Por seu turno, Luís Henrichsen, também diretor na IBS, sublinhou a troca de informações que a Missão possibilitou.

“Tivemos uma grande experiência em Portugal. Cada dia foi muito intenso, conhecendo ambientes, pessoas, empresas e organizações que fomentam o empreendedorismo, todos eles ligados à nossa área, que é a agricultura e a pecuária, onde o ambiente de inovação e tecnologia está sempre transversal e presente. Foi muito construtivo. Levamos para o Brasil muita coisa para pensar, porque nos foram apresentadas diversas oportunidades em todos os segmentos. O IBS escolheu visitar Portugal para conhecer e se conectar com ambientes de tecnologia, principalmente aqui na região. No Brasil, a IBS leva a tecnologia e a inovação para o campo. Somos intermediários entre os produtores e os ambientes de pesquisa, de investigação e de difusão de tecnologia”, afirmou Luís Henrichsen.

Tecnologia e Agronegócio

“Conseguimos mostrar parte do que de melhor a região das Beiras tem para oferecer e o trabalho desenvolvido pelas entidades e empresas locais. Esta foi ainda uma excelente oportunidade para promover o networking e criar oportunidades de negócios unindo o mundo digital ao Agronegócio, criando pontes entre as Beiras e a AgTech Valley, no Brasil”, finalizou Ana Correia, presidente da CCRB. ■

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